comentava com o pedro há uns dias (penso que na noite do silk) que é triste deixarmos de dar importância às coisas pequeninas da vida. lembro-me tão bem de não dormir na noite antes da viagem de finalistas.. no dia antes de andar de avião pela primeira vez.. sempre que tinha espectáculos na escola, no teatro, na dança ou na patinagem.. sempre que algo de muitíssimo importante (?) estava para acontecer! até, e, principalmente, quando se aproximava o dia dos meus anos.
agora.. quase nos 30 (sim, só faltam 3) parece que levamos tudo com uma naturalidade apática. que é feito da comichão na barriga? que são feitos dos nervos à flor da pele que nos tiram o sono, a fome e a sanidade mental? que são feitas das coisas extremamente excitantes da vida? (adoro a palava extremamente.. desde o sketch do árbito extremamente incorrecto dos gato, que me faz lembrar o meu tio joão a ver o sporting).
amanhã é dia de mais um aniversário. de hoje a oito é dia de mais uma viagem (acho que ainda nem me mentalizei que vou estar enfiada no maior festão europeu do ano!). ontem fui comprar o bilhete para o sudoeste (o meu querido e saudoso sudoeste!) que este ano vai começar logo em plena capital, numa autocaravana..
e o quê? nada.. nadinha! nem insónias, nem faltas de apetite (só o normal do anormal do meu estômago), nem qualquer excitação transcendente que me faça andar aos pulos na rua e a cantar desalmadamente em casa (aos berros, pronto). a verdade é que com a idade parece que só coisas muito específicas (e maioritariamente ligadas ao coraçãozinho) é que nos abanam o esqueleto! ora porra! então e o resto?
é isto que é ser crescido? posso inverter a contagem e fazer antes 26 amanhã?
1 comentário:
Hummm... Não sei se concordo contigo!
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