sábado, 30 de outubro de 2010

Culinária para preguiçosos


Bolo de caneca
1 ovo pequeno, 4 colheres de leite, 3 colheres de óleo, 2 colheres rasas de chocolate em pó, 4 colheres rasas de açúcar, 4 colheres rasas de farinha de trigo, 1 colher rasa de fermento em pó.
Coloque o ovo na caneca e bata bem com um garfo. Acrescente o óleo, o açúcar, o leite, o chocolate e bata mais. Acrescente a farinha e o fermento e mexa delicadamente até encorpar e leve 3 minutos ao microondas na potência máxima.

Caneca de pão de queijo
1 ovo pequeno, 4 colheres de leite, 3 colheres de oléo, 1 pitada de sal, 4 colheres de queijo parmesão ralado, 4 colheres de polvilho azedo, 1 colher de fermento em pó, margarina para untar
Bata todos os ingredientes no liquidificador e unte a caneca com margarina, coloque esta mistura até a metade da caneca e leve ao microondas 3 minutos em potência media.

Não é que eu seja preguiçosa..

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Estrelinha

Há dias em que não cabemos na pele com que andamos. E a mim dizem-me assim: possa, tu tens cá uma sorte!




quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Continuação da secção da direita: Lista ao pai Natal

Capacetinho de obra branco




Pois que é feio que dói, mas vai ter que ser. Poupa-me de multas, de galos, de ter que usar um que não seja meu e de assobios. Como extra pode vir um autocolante giro com o tipo de sangue ou outra coisa qualquer. Que não a Kitty.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Nova secção da direita: Lista ao pai Natal

Não lhe posso chamar carta por diversas razões. Porque não lhe vou dedicar palavra alguma, porque não sei de quantas coisas me vou lembrar até ao maravilhoso 25 de Dezembro (e mesmo que sejam só duas já lhe posso chamar lista), porque provavelmente vou ter que a copiar e espetar no frigorífico da minha mãe porque ela não vem ao blog (e quanto mais escrever, mais trabalho tenho a copiar) e, principalmente, porque no fim não vai ser ao Pai Natal que vou dirigir os agradecimentos, mas sim à Mãe Natal. Peço desculpa pelos traumas que possa causar mas, meus amigos, todos deviam saber que o coitado do velho das barbas não existe. Nem os duendes. Só o Rodolfo.

E o meu primeiro membro da lista é:
Uma magnifica frigideira mono-ovo! Eu sei que as há com diversos tamanhos e formas (algumas até censuráveis), mas não, quero mesmo é das simples e pequeninas, do mais 'piqueno' que houver. Sempre quis ter uma frigideira destas..

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Para quem tiver paciência. É sobre a educação.


Por Catarina Fonseca, Activa 10 Fevereiro 2010

Confesso que ia um bocado amedrontada. Afinal, ia entrevistar um dos homens responsáveis por um dos maiores escândalos educativos das últimas décadas, o homem que defendera a urgência do regresso ao poder dos pais contra os todo-poderosos filhos.
Acusado de tudo, de fascista para baixo, o
pediatra líbio-francês Aldo Naouri diz que os pais se demitiram do seu papel de educadores e em vez disso se dedicam a satisfazer a criança, com o único desejo de se fazerem amar. Diz que confundimos frustração com privação. Diz que transmitimos à criança que não só pode ter tudo como tem direito a tudo, içando-a ao topo do edifício familiar, onde ela nunca esteve e onde nunca deveria estar. Diz que um filho hoje não é criado para se tornar ele próprio, mas para gratificar e servir o narcisismo dos pais. Diz que estamos perante uma epidemia que encoraja os pais a seduzirem as crianças, tornando-as assim em seres obsessivos, inseguros, amorfos e emocionalmente ineptos, que não sabem gerir as suas pulsões e são incapazes de encontrar o seu lugar no mundo.
Em resumo, esperava alguém mais parecido com o Deus do Velho Testamento, que me recebesse com raios e coriscos, ou pelo menos uma praga de gafanhotos. Em vez disso, recebeu-me com um sorriso só equivalente ao sol de Lisboa, agarrou-me na mão, perguntou-me por que é que não tinha filhos e assegurou-me que os homens são todos uns egoístas. "Portanto, madame, é só escolher um! São todos iguais!"
Por entre gargalhadas, falou-se de coisas muito sérias, como aquilo que andamos a fazer às crianças. Ora leiam.
- Então, nada de democracia para as crianças?
- Não. É fundamental que estejam numa relação vertical: os pais em cima, as crianças em baixo. Porque há uma diferença entre educar e criar. Criar é dar-lhe os cuidados básicos, dar-lhe banho, alimentá-lo, etc. É como criar galinhas. Educar é haver qualquer coisa que não existe e que é preciso formar. Por isso a criança não está nunca ao mesmo nível dos pais, não pode haver uma relação horizontal. Se quiser compreender o que se passa na cabeça de uma criança numa relação horizontal, imagine o seguinte: você está num avião, e o comandante vem sentar-se ao seu lado. Você pergunta, Mas quem é que está a guiar o avião? E ele diz, 'Ah, é um passageiro da primeira fila que eu pus no meu lugar.' A criança tem necessidade de alguém acima dela.
- As mães não se escandalizam com a mudança de hábitos que lhes aconselha?
- Nada disso. As mães estão petrificadas na sua angústia e precisam de se libertar. Eu digo, 'mas não vale a pena angustiarem-se dessa maneira, ser mãe é muito mais simples do que vocês pensam'. Digo-lhes que não vale a pena viverem preocupadas porque a criança não come, não dorme, ou vai ter ciúmes do irmão. Dou-lhes conselhos básicos e fáceis de seguir e tento fazer com que simplifiquem a máximo as suas vidas. O que eu quero é que a criança seja para os pais uma fonte de prazer e felicidade, e não um foco de sofrimento e angústia, e para que isso aconteça, os pais têm de estar descontraídos.
- As nossas avós não viviam nessa angústia...
- Pois não. Mas viviam num mundo em que havia três tipos de ordem: Deus, Rei e pai. Esse tipo de ordem fazia com que existisse qualquer coisa que as transcendia. Hoje todo o tipo de transcendência desapareceu, e quem ficou no lugar de Deus? A criança. Às mães que põem o filho nesse altar, eu simplifico a tarefa: digo - Não se cansem dessa maneira. Não se preocupem assim. Ponham-se a vocês próprias em primeiro lugar. Claro que não é uma coisa que elas estejam habituadas a fazer, ou sequer a ouvir, mas não é por isso que não podemos dizer-lhes, e não é por isso que elas vão deixar de ser capazes de o fazer. Acredito que vão ser capazes, porque é urgente: a bem das crianças, e a bem delas próprias. É preciso fazer as coisas de maneira tranquila, porque a mãe perfeita não existe, o pai perfeito não existe, a criança perfeita não existe.

- Mas as mães hoje têm uma vida tão difícil, é normal que se culpabilizem
...
- Não é por trabalharem fora de casa que têm de se sentir culpadas. Peço às mães: lembrem-se do vosso primeiro amor. Quando não o viam durante três dias, morriam de saudades. Mas quando o voltavam a ver, assim que batiam os olhos nele era como se nunca se tivessem separado. Com as crianças, é exactamente igual. Quando tornam a encontrar a mãe, é como se ela nunca tivesse partido.
- Diz que os pais esqueceram o seu papel de educadores porque querem ser amados pelas crianças. Por que é que isto acontece?
- Como todas as crianças, tiveram conflitos com os pais. E como todas as crianças, amam-nos mas guardaram muitos ressentimentos. E não querem que os seus filhos tenham esse tipo de ressentimento em relação a eles. E pensam que a melhor maneira de o fazer é seduzir a criança para que ela o ame. O que é um enorme erro. Porque nesse momento, a relação vertical inverte-se. A hierarquia fica de pernas para o ar, e quando isso acontece, destruímos a crianças.
- O problema é que as pessoas confundem autoridade com violência. Autoridade é fazer-se obedecer, não é dar uma palmada, que o senhor aliás desaprova.
- Completamente! Não aprovo palmadas de que género for, nem na mão nem no rabo. Ter autoridade não é agredir a criança. Ter autoridade é dizer: 'Quero isto', e esperar ser obedecido. Quero que faças isto porque eu disse, e pronto. Autoridade é só isto, é assumir o seu dever. Não vale a pena ser violento, aliás porque a criança sente a autoridade. É quando o pai ou a mãe não está seguro do seu poder que a criança tenta ir mais longe. Quando há uma decisão que é assumida pelos pais, ela cumpre-a.
- Uma terapeuta de casal dizia que as pessoas hoje não têm falta de erotismo, dirigem-no é todo para as crianças...

- Sem dúvida. E é isso que é urgente mudar. O slogan 'a criança acima de tudo' deve ser substituído por 'o casal acima de tudo'. A saúde física e psíquica das crianças fabrica-se na cama dos pais. Por que isso não acontece é que há tantos divórcios, e depois a vida torna-se muito mais complicada para a mãe, o pai e a criança. Se elas decidem privilegiar a relação de casal, estão a proteger a criança.

- Educou os seus filhos da forma que defende?

- Sim sim, eu eduquei os meus três filhos tranquilamente. A autoridade significa serenidade, não violência. Ainda hoje, que eles já são mais do que adultos, nos reunimos às vezes para jantar. E no outro dia, falámos sobre as viagens de carro que costumávamos fazer - sempre viajei muito com eles. Quando se portavam mal, eu virava-me para trás e dizia: - Olhem que eu páro o carro e deixo-vos a todos aqui na autoestrada! - Só há pouco tempo é que percebi que eles achavam que eu estava a falar a sério e que seria capaz de os abandonar na estrada! (ri). Tal é a força da autoridade. Mas isso não tem importância, o importante é que funcionava! (ri)

- Diz que o pai tem de ser egoísta mas também diz que uma das tragédias do mundo moderno é a ausência do pai... Qual é então o papel do pai, para lá de ser egoísta?

- Tem duas funções: a primeira é a de possibilitar à mãe o exercício da sua feminilidade. A segunda é a de se oferecer ao filho ou filha como um escudo contra a invasão da mãe. Porque de outra maneira, a mãe vai tecer à volta do seu filho um útero virtual, extensível até ao infinito. O pai não está presente como a mãe, mas é preciso que esteja presente.

- Mas hoje exige-se aos pais que façam uma data de coisas, que mudem fraldas, que ponham a arrotar, que ensinem karaté
...
- Não é preciso. Porque na cabeça das crianças tudo está muito claro: aquela que o filho ama acima de tudo é a mãe, que sempre respondeu às suas necessidades desde que estava na sua barriga. Se alguém lhe diz 'não', mesmo que seja a mãe, para ele a culpa é do pai. Ou quando muito, da não-mãe. No inconsciente de uma criança, o pai não existe. Só há a mãe. O pai tem de se construir, a bem das crianças e a bem da mãe delas.
- Antes de ler este livro não tinha consciência de que as crianças estavam tão perturbadas.
- Li um artigo recentemente do director do centro médico-pedagógico de Paris, que afirmava que em 2008 tinha recebido 394 novas famílias, e que a maior parte tinham problemas psicológicos. No fim da primária, 40% dos alunos ainda não dominam a língua, e isto é grave. E não porque tenham problemas físicos ou sejam burros: é porque não os sabemos educar. Mas é uma tarefa difícil, porque mesmo as instâncias governativas vão no sentido de seduzir a criança. Porque as crianças vendem, são um produto que se compra e se compara. Todo o mundo vai no sentido de deixar a criança fazer o que quer, porque é mais fácil que ela não cresça. Mas o que vai acontecer é que essas crianças, se não travadas, vão crescer e fabricar sociedades absolutamente abomináveis, onde será cada um por si, onde não haverá solidariedade.
- Nem cientistas... É o senhor quem o diz...

- (ri). Apesar de tudo, estou optimista. As pessoas querem saber como podem mudar. Não sou o único a dizer estas coisas, mas digo-as de forma bruta. Tenho 40 anos de experiência com pais e crianças. E é muito fácil mudar, quando começamos a ver a lógica das coisas. Além disso, o que eu pretendo é simplificar a vida das pessoas. Não quero voltar àquilo que se fazia há um século. Não quero pais castradores.

- O que é um pai castrador?

- Não é um pai autoritário, é um pai fraco, intranquilo, desconfortável na sua pele e na sua posição. O que eu digo é, a sua posição como pai ou mãe está assegurada à partida. Só tem de exercê-la. Uma vez, apareceu-me uma mãe muito alarmada porque a filha não dormia. Aconselhei-a a dizer à criança, antes de dormir: 'Podes dormir tranquila. Não preciso mais de ti hoje.' E a criança dormiu a noite toda. Por isso eu digo no fim das consultas, a todas as crianças, tenham elas 1, 7 ou 14 anos, 'Muito obrigado por me teres trazido os teus pais à consulta. Agora podes ficar descansado, eu ocupo-me deles.'
O QUE DEVEMOS FAZER...
Palavra de ordem: não compliquem.
Segundo Aldo Naouri, o esterilizador de biberões não faz sentido, nem desinfectar o mamilo.
- Os biberões devem lavar-se com água quente da torneira.
- As nádegas do bebé devem ser lavadas com água e sabão.
- A roupa do bebé pode ser enfiada na máquina como o resto da roupa de casa.
- Em todas as idades, devem tomar-se as refeições familiares em conjunto.
- Um adolescente pode ir vestido da maneira que bem-entender.
- Petiscar, no caso de um adolescente, não é de condenar, porque precisam de imensas calorias.
E O QUE NÃO DEVEMOS…
- Rituais antes de dormir, como a história ou a cantiga, é para irem à vida. Só servem para ritualizar o medo da criança. Deve-se mandar a criança para o quarto, e aí ela fará o que quiser com o seu tempo.
- Angustiar-nos com as horas de sono. É absolutamente necessário livrarmo-nos da obsessão do número de horas que eles dormem.
- Nunca, em circunstância alguma, se deve obrigar uma criança a comer.
- Biberão, chupeta e objectos de transição devem desaparecer antes do fim do segundo ano da criança.
- Bater nunca: nem na mão nem no rabo.
- Elogiar, só para coisas excepcionais.
- A criança não deve escolher a sua roupa.
- Uma ordem não tem de ser explicada, tem de ser executada. A explicação que é dada ao mesmo tempo que a ordem apaga a hierarquia. Se quiser explicar, só depois da ordem cumprida. A figura parental nunca, mas nunca, tem de se justificar perante o filho.
Para ler:
'Educar os Filhos', Aldo Naouri, Livros d'Hoje

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Envio de mails em Bcc


Sim, para todos aqueles que gostam de alegrar os nossos dias com e-mails do Cristiano Ronaldo grávido ou em cuecas, quedas fenomenais, lamechices orientais e com animaizinhos bebés, actos solidários de doação de medula e sangue, e uma panóplia infindável de coisas com que hoje em dia se gasta o precioso tempo e se oferece o endereço de e-mail dos nossos amigos para publicidade grátis e abusiva.
Sinto-me ridícula por estar a gastar um post com isto, mas realmente tem sido mal aceite o meu pedido para cessação deste tipo de e-mails, que eu não vejo e que me irritam sempre que chega mais um SPAM.
Pelo menos dêem-se ao trabalho de colocar os destinatários em BCC e não no campo de envio normal.
Ah, quanto às medulinhas e sanguinários, dêem sangue de 3 em 3 ou de 4 em 4 meses (consoante o sexo) e aproveitem uma dessas visitas para se registarem na base mundial de dadores de medula. Reencaminhar e-mails não é, de longe, tão eficaz..

Já tem um parágrafo. Um. Pronto a ser revisto e arrasado.


A Revolução Industrial abriu portas à independência dos países anteriormente agrícolas perante os já produtores de objectos manufacturados, fenómeno que transformou radicalmente e a vários níveis as principais estruturas das cidades. Para além das implicações económicas e sociais, também a arquitectura sofreu profundas alterações, arrastando consigo a dinâmica do organismo vivo que é a cidade.

domingo, 17 de outubro de 2010

Contra factos


Andava a passear pelo iPhoto quando decidi fazer um balanço que estava o meu tio a fazer um destes dias quando lá fui a casa. Tenho fotos de 22 casamentos dos quais 6 já não o são. Há uns que me fazem bem lembrar o que não quero, como os fins-de-semanas com crianças. Felizmente outros lembram-me que é possível.

sábado, 16 de outubro de 2010

Proposição que alguém expõe propondo-se discuti-la ou defendê-la





(...) Identidade é o resultado de um confronto contínuo com os outros, que o leva a construir uma representação de si próprio, da sua unidade pessoal, da distinção entre o seu eu e o dos outros, do papel desempenhado na sociedade e da posição ocupada nas hierarquias sociais.


A sociologia da cidade, Alfredo Mela

domingo, 10 de outubro de 2010

Escorropichar

v. tr.1. Pop. Beber até à última gota de.
2. Beber o que está no fundo de.

3. Bras. Pagar contra a vontade.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Mais uma petição pública

Fim da atribuição, antes dos 65 anos, das pensões de reforma aos
detentores de cargos públicos e políticos, bem como da sua
acumulação. Assinar aqui.