sábado, 26 de novembro de 2011

Greve de tv

Na manhã da greve geral liguei a televisão para saber notícias do trânsito que se avizinhava horrendo mas que afinal estava pacífico. Enquanto me andava a aprontar ia ouvindo o que mugia a caixinha e, se já há anos me sentia incrédula com os nossos publicitários, aquela manhã tornou-se fatídica.
Não é que a Bosch tem um anúncio de ferros de engomar que acaba com um senhor super feliz a afirmar que 'Agora passar a ferro é ainda mais fácil!'. Mas alguém processa o homem? Desde quando é que é fácil passar a ferro? Devia levar com uma pilha de roupa de metro e meio no pico do verão e com um ferro de caldeira para ver se aprende a não metir já que a mãe não o ensinou.
Incompatibilidade publicitária número dois: uma porra de um site de compra de ouro (este). Já me incomoda esta moda agora de lojas de ouro (abriram pelo menos 3 em Campo de Ourique nos últimos dois meses) que incentiva, digo eu, a uma esticão mais frequente, mas este anúncio bate tudo. Vou reproduzir o texto para ver se facilmente nos entendemos:

Enviar-lhe-emos, grátis, por correio o pacote Gold Pack. Você só precisa de embalar os objetos de valor que quer vender e entregar a sua encomenda nos correios. Envie a sua encomenda sem portes de envio.

Percebi bem, não percebi?
Enviamos o nosso ourinho dentro de um pack e um dia destes eles avaliam-no e mandam-nos o dinheirinho equivalente. Aposto que temos que fotografar antes o que estamos enviar, não vá o carteiro alambazar-se ao fiambre!
Por fim ouvi um anúncio ao Old Spice mais ou menos assim:

Ela: Querido, porque não tiras esses pêlos no fundo das costas?
Ele: Eu?? Mas o que é que tu pensas, eu sou muito macho!! Eu faço a barba e uso Old Spice!

E pronto.. mais 2 meses sem ligar a tv.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Querido Pai Natal 2

Parece que o Manuel quer pagar as despesas do portão, que com tanto alarido e cooperação acabaram por se ver reduzidas a menos de um quarto.. Assim sendo, passo a reverter as minhas prendas no averbamento da carta. Obrigada.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Guerras que não compramos

Sempre fui bruta a lutar pelo que defendo desde que me lembro de ser refilona. E já lá vão uns aninhos. Hoje alguém se ria ao jantar quando eu dizia que adoro discutir, mas é verdade, eu gosto mesmo de discutir, de argumentar, de refutar, de ouvir.. Tento não me lançar em discussões quando acho que não tenho bases para isso e também não discuto quando não vejo bases do outro lado da trincheira. Até porque lutar contra o 'porque não' não dá gozo e porque por muito que possamos (não é póssamos) discutir contra alguém quadrado, não vamos aprender muita coisa, perdendo tempo e ganhando rugas. A aprendizagem da frontalidade é dura e mais difícil é a separação desta com a força com que se dizem as coisas. Isso e perceber que se defendemos um conceito, seja ele qual for, devemos ser coerentes com ele. Apregoar paz aos berros e safanões na rua não me parece um bom exemplo. Mas somos todos iguais, capazes do mesmo, e, se fosse eu, gostava que me alertassem para o volume e direcção disparatada da minha voz. Pena ser difícil falar e ainda mais pena ser muito difícil ouvir. A ver vamos.

domingo, 20 de novembro de 2011

112



Hoje tive o privilégio de visitar as instalações da central 112 de Lisboa (na Av. António Augusto Aguiar) e de dar umas boas gargalhadas. Infelizmente, ao fim de quase 30 anos de vida, dei-me conta da realidade que é o nosso número de emergência nacional.
Num briefing inicial foi-nos transmitido que, já com alguma margem, 75% das chamadas feitas para aquele número são falsas ou desapropriadas, o que achei que era uma valente treta pois ninguém se põe a brincar com o 112, muito menos para fazer perguntas parvas, até que entrei para a sala onde quatro agentes da PSP recebiam então os ditos telefonemas. No que diz respeito a chamadas feitas a partir de dispositivos fixos, a localização e posterior responsabilização (ou mesmo envio de um carro patrulha ao local) são possíveis, mas o mesmo não acontece com chamadas feitas através de telemóveis.
Consigo dizer que do tempo que lá estive noventa e cinco porcento das chamadas recebidas foram desaquadas ou de crianças parvas a gozar com quem trabalha e, pior, a ocupar a linha de emergência nacional. Será que nem dá educaçãozinha a estas bestas? Será que é preciso perder muito tempo a explicar a uma criancinha que se um dia quiserem ligar para o 112 porque o avô está a enfartar e a linha estiver ocupada é muito bem feito? Será que é mesmo preciso sensibilização para tudo e mais música? Será que as pessoas não pensam na vida e no que andamos cá todos a fazer? (Nem vou falar no caso do Guilherme Martins, que não tem culpa de viver num país que só se move para ser dador de medula quando um filho de um jogador da bola tem um mês de vida).
Fui eu que ouvi hoje, ninguém me contou, pessoas a ligar para o 122 em português correcto para saber onde é que se pode dar sangue, qual o número das informações e em que dia estávamos.
Façam favor de dizer às criancinhas que se ligarem para o 112 alguém os vai obrigar a comer sopa de espinafres ao pequeno almoço até ficarem velhos. Quanto aos graúdos não vejo safa possível, mas assim como quem não quer a coisa, se os virem fazer barbaridades destas.. dêem-lhes uns valentes caldos.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Fui promovida. Agora sou dadora de aférese!




O que é a aférese?
Consiste em colher selectivamente uma pequena percentagem de um componente sanguíneo (plaquetas, glóbulos vermelhos ou plasma), com a ajuda de um aparelho automático – separador celular – sendo os restantes componentes sanguíneos restituídos ao dador, através da mesma punção.
Tipos de aférese:
  • Plaquetaférese - doação de plaquetas – as plaquetas são células sanguíneas que controlam a hemorragia. Destinam-se a doentes com leucemia, linfoma, cancro, doentes sujeitos a cirurgia cardíaca ou transplante de medula óssea. São substituídas 48 horas após a dádiva.
  • Eritraférese - doação de glóbulos vermelhos – os glóbulos vermelhos são células sanguíneas que têm como função transportar o oxigénio. Destinam-se a doentes politraumatizados, submetidos a cirurgias, doentes transplantados, com doenças crónicas como leucemia ou outra forma de cancro.
  • Plasmaférese - doação de plasma – o plasma é o componente líquido que contém as proteínas plasmáticas. É administrado a doentes traumatizados queimados, receptores de transplante de órgãos e doentes com alterações de coagulação.
    A aférese é segura?
    Sim. É supervisionada durante todo o procedimento por uma equipa atenta e treinada. Todo o material utilizado é esterilizado e eliminado após cada doação, sendo impossível contrair alguma doença.
    Quanto tempo demora?
    Demora entre 30 a 50 minutos, conforme o tipo de dádiva seleccionada. É mais demorada que a colheita de sangue total, embora com grandes vantagens para os doentes que necessitam de transfusão sanguínea.
    Quem pode ser dador por aférese?
    • Todo o indivíduo saudável, dos 18 anos aos 60 anos, que pese mais de 50 Kg;
    • Ter doado, pelo menos, duas vezes sangue total sem qualquer tipo de reacção adversa;
    • Não possuir história pessoal ou familiar de hemorragia e/ou trombose;
    • Não ter ingerido Aspirina ou Anti-Inflamatório Não Esteróide nos últimos cinco dias (impedimento só no caso de plaquetaférese);
    • Não ser multípara (três ou mais filhos).
    Onde pode dar sangue por aférese?
    Nos Centros Regionais de Sangue (CRS) de Lisboa, Coimbra e Porto do Instituto Português do Sangue.

    terça-feira, 15 de novembro de 2011

    Isto diverte-me imenso logo de manhã


    É esta a organização que se instala de manhã nas plataformas dos comboios e metros e nas paragens dos autocarros da capital (pelo menos) do nosso país. É uma solução de tal forma respeitada que quando alguém se atreve a meter o nariz em lugar alheio, vamos com certeza ter 'molho'. Há um par de semanas sentei-me a ler numa paragem sem ninguém e uns minutos depois uma senhora tocou-me no braço para me avisar que tinha chegado o autocarro. A paragem, sem eu me aperceber, tinha já umas 15 ou 20 pessoas e imediatamente se abriu um corredor para a minha triunfal entrada no dito transporte, como se eu tivesse um speed boarding na testa. Enquanto isto, um grupo de adolescentes distraídas, que não perceberam a solene sessão que ali acontecia, e ao ver toda a gente parada (à espera que eu vencesse os 4 metros que me separavam do meio de transporte, que por ter sido apanhada de surpresa,  estava a tentar enfiar o livro na mala e sacar a carteira para retirar o passe) tiveram o azar de tentar furar a sagrada ordem e logo ali, uma senhora que até aposto de que bairro lisboeta é, meteu-as prontamente no lugar entoando com o seu vozeirão cantado: Oh minhas meninas, vejam se aguentam os cavalos que aquela senhora é quem está primeiro!
    Eu não sei porquê, mas isto diverte-me.

    quarta-feira, 9 de novembro de 2011

    Fruto

    Não sei de onde vem essa insegurança que não suporto. Não sei em que raio de pedestal me arrumas para não me querer chegar, nem ver-te consigo daqui. Chamas-me escondido e eu não sei onde procurar essa voz firme fingida. Onde estás? Porque não me dizes onde estás? Assaltas-me sem me deixar ver o que levas. E deixas-me confusa, mas dizes o contrário.

    A sério..

    As flexões dão-me cabo das costas!

    quarta-feira, 2 de novembro de 2011

    Querido Pai Natal

    Aproveitei o almoço do feriado para lançar bomba em casa. O que ando realmente a engendrar ainda não posso revelar porque senão lá se vai a surpresa familiar, mas basicamente, e não só devido à crise, expressei finalmente (o ano passado, em conversa com uma amiga achei que era uma óptima ideia mas não tive coragem de a pôr em prática) a minha intenção em abolir os presentes de Natal lá em casa. Apesar de não ser lá muito religiosa, entendo o Natal como uma festa familiar e acho que com tanto fumo nunca consegui realmente viver. Ando sempre até à última a tratar de prendas e a correr quando devia era (para além das quinhentas mil batatas que descasco porque lá em casa somos sempre mais de vinte) ajudar a minha avó e o meu avô. Não há prenda melhor que lhes possa dar e ainda bem que dia 24 é sábado.
    Calou-se tudo e ficaram à espera que eu me risse.. ou outra coisa qualquer. Pronto, façam o que entenderem mas pelo menos pensem no assunto. As prendas que me quiserem dar, transformem-nas em dinheiro que eu vou arranjar um mealheiro para o portão da garagem, que está todo escangalhado.
    Espero que pelo menos pensem no assunto. E vocês também.

    (Os bracinhos do Pai Natal foram propositadamente retirados. Este ano, por mim, o máximo que pode ir lá fazer a casa, é jogar Trivial connosco)

    terça-feira, 1 de novembro de 2011

    Marcas portuguesas (como deve ser), alguém me ajuda?

    Aerosoles, Águas Luso, Beppi, Cartuxa, Compal, Delta, Dielmar, Do Homem, Fly London, Foreva,Gallo, Galp, Kispo, Lanidor, Nobre, Oliveira da Serra, Petit Patapon, Porto Editora, Quinta da Bacalhôa, Regina, Renova, Sagres, Super Bock, Recer, Revigrés, Spal, Vista Alegre

    (Já com a ajuda da MC)