sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

GoCar!




Quem ainda não viu um bicho destes a subir a Sé ou o Castelo?
O GoCar é uma acelera disfarçada de carrinho-de-choque mega fixe. Faz bem à saúde (que o diga o meu companheiro de viagem que teve que empurrar o dito cujo nas subidas mais agressivas de Alfama e da Graça) e é uma óptima maneira de passar umas horas a deambular por Lisboa. Apesar de ter três rotas acompanhadas por uma senhora que grita no rádio e nos dá umas dicas dos pontos de interesse com que nos vamos cruzando, há também a opção (a que nós aderimos) de zarpar das rotas e seguir ao sabor da cidade.
Recomendo vivamente a experiência. Levem é tapa-chuvas na mala não vá tecê-las o São Pedro. A nós abençoou-nos a recta final!

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Acabei de comprar isto

E parece-me que vou gostar.




"Ainda que os mentores desta nova reforma justifiquem terem as alterações sido efectuadas em nome dos 'interesses dos alunos', estes são, na verdade, suas vítimas porquanto iludidos por um sistema de facilidade que apaga o esforço, o espírito de sacrifício e a força de vontade, inerentes ao acto de aprender, criando-lhes a ilusão do êxito. (...)
Resistir a este espírito de 'mudança', demonstrando as suas nefastas consequências, e apelar a uma reflexão séria e abrangente, implicando não só professores, mas toda a sociedade (...)."

Maria do Carmo Vieira

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O ar não é de todos.

Quando for grande quero aprender a meter os outros no lugar. No deles.
Porque seria suposto os adultos passarem com uma boa nota no workshop de distância pessoal (acho que é ainda mais incomodativa que a distância higiénica de que o Cabral tanto fala). Distância pessoal, aprendi na escola, talvez no 10º ou 11º ano, é o espaço físico que nos envolve. Como se tivéssemos (e temos!) um cilindro com 40cm de raio de secção à nossa volta que fosse nosso. O ar não é de todos. O ar da nossa bolha cilíndrica só é dos outros quando os deixamos entrar, assim como quem oferece uma peça de fruta já dentada, ou quando estes se auto-impingem (autoimpingem, segundo o acordo ortográfico de 1990), o que é como se nos babassem a porcaria da peça de fruta e ficássemos instantaneamente com vontade de enfiar a dita peça no lixo.
Não tenho jeito nem feitio para empurrar certo tipo de personalidades para fora da minha bolha a tempo, o que faz com que, quando tenho a bolha insuportavelmente invadida, esbraceje e esperneie com tudo o que tenho. Grito, cuspo-me e depois volto para a minha bolha, que ficou escangalhada mas me deixou desconfortavelmente solta.
O ar não é, definitivamente, de todos. E este aqui é meu!

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

A minha família

Conversa no carro:

- João, quem é este que está a guinchar no rádio?
- É o Seu Jorge, tio.
- Porra, já prendi gente por menos!

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Desatino

O meu detector interno de erros ortográficos ainda não se habituou ao acordo. O arquiteto faz-me comichão, mas o Egito tira-me do sério. Se o Ramsés fosse vivo..

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Rascunho

23 Dezembro 2010

Vem para aqui. Abraça-me. Deixa-me sentar no teu colo. Faz frio no fim do mundo mas aqui não. Aqui fazes tu. Faço eu. Do mesmo lado, um contra o outro. Do outro lado. Sorrio baixinho e todo o mundo vê.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Limite



Uma cidade no mundo. No mundo inteiro.
Uma rua numa casa e uma casa numa rua. Um sofá.
Uma escada que é de estar. De viver.
Uma criança que já sabe e que já sente. Mas corre descalça a gargalhar. E ama.
Ama o seu bairro que é o seu domínio. Ama a sua bola e os seus Nike como se da própria vida se tratassem.
Mas corre e não olha para trás. A criança que há-de um dia chorar a casa e o bairro.