terça-feira, 26 de maio de 2009

lover, you should've come over




Looking out the door I see the rain fall upon the funeral mourners
Parading in a wake of sad relations as their shoes fill up with water
And maybe Im too young to keep good love from going wrong
But tonight youre on my mind so you never know

When Im broken down and hungry for your love with no way to feed it
Where are you tonight, child you know how much I need it
Too young to hold on and too old to just break free and run

Sometimes a man gets carried away, when he feels like he should be having his fun
And much too blind to see the damage hes done
Sometimes a man must awake to find that really, he has no-one

So Ill wait for you... and Ill burn
Will I ever see your sweet return
Oh will I ever learn

Oh lover, you shouldve come over
cause its not too late

Lonely is the room, the bed is made, the open window lets the rain in
Burning in the corner is the only one who dreams he had you with him
My body turns and yearns for a sleep that will never come

Its never over, my kingdom for a kiss upon her shoulder
Its never over, all my riches for her smiles when I slept so soft against her
Its never over, all my blood for the sweetness of her laughter
Its never over, shes the tear that hangs inside my soul forever

Well maybe Im just too young
To keep good love from going wrong

Oh... lover, you shouldve come over
cause its not too late

Well I feel too young to hold on
And Im much too old to break free and run
Too deaf, dumb, and blind to see the damage Ive done
Sweet lover, you shouldve come over
Oh, love well Im waiting for you

Lover, you shouldve come over
cause its not too late

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Delicioso

Redacção feita por uma aluna de letras, que obteve a vitória num concurso interno promovido pelo professor da cadeira de gramática portuguesa.

"...Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador.
Um substantivo masculino, com aspecto plural e alguns anos bem vividos pelas preposições da vida.
O artigo, era bem definido, feminino, singular.
Ela era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal.
Era ingénua, silábica, um pouco átona, um pouco ao contrário dele, que era um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanático por leituras e filmes ortográficos.
O substantivo até gostou daquela situação; os dois, sozinhos, naquele lugar sem ninguém a ver nem ouvir.
E sem perder a oportunidade, começou a insinuar-se, a perguntar, conversar.
O artigo feminino deixou as reticências de lado e permitiu-lhe esse pequeno índice.
De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro.
Óptimo, pensou o substantivo; mais um bom motivo para provocar alguns sinónimos.
Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeçou a movimentar-se.
Só que em vez de descer, sobe e pára exactamente no andar do substantivo.
Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela no seu aposento.
Ligou o fonema e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, suave e relaxante. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela.
Ficaram a conversar, sentados num vocativo, quando ele recomeçou a insinuar-se. Ela foi deixando, ele foi usando o seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo.
Todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo directo.
Começaram a aproximar-se, ela tremendo de vocabulário e ele sentindo o seu ditongo crescente.
Abraçaram-se, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples, passaria entre os dois.
Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula.
Ele não perdeu o ritmo e sugeriu-lhe que ela lhe soletrasse no seu apóstrofo.
É claro que ela se deixou levar por essas palavras, pois estava totalmente oxítona às vontades dele e foram para o comum de dois géneros.
Ela, totalmente voz passiva.
Ele, completamente voz activa.
Entre beijos, carícias, parónimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais.
Ficaram uns minutos nessa próclise e ele, com todo o seu predicativo do objecto, tomava a iniciativa.
Estavam assim, na posição de primeira e segunda pessoas do singular.
Ela era um perfeito agente da passiva; ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular.
Nisto a porta abriu-se repentinamente.
Era o verbo auxiliar do edifício.
Ele tinha percebido tudo e entrou logo a dar conjunções e adjectivos aos dois, os quais se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas.
Mas, ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tónica, ou melhor, subtónica, o verbo auxiliar logo diminuiu os seus advérbios e declarou a sua vontade de se tornar particípio na história.
Os dois olharam-se; e viram que isso era preferível, a uma metáfora por todo o edifício.
Que loucura, meu Deus!
Aquilo não era nem comparativo.
Era um superlativo absoluto.
Foi-se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado aos seus objectos.
Foi-se chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo e propondo claramente uma mesóclise-a-trois.
Só que, as condições eram estas:
Enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria no gerúndio do substantivo e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino.
O substantivo, vendo que poderia transformar-se num artigo indefinido depois dessa situação e pensando no seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história.
Agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, atirou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva. "

Fernanda Braga da Cruz

quinta-feira, 21 de maio de 2009

lá vem mais uma!

















aqui têm as imagnes do nosso futuro terreiro do paço: sem carros e, espero estar enganada, sem pessoas!
não será já um cliché dizer que devíamos era tirar os carros todos da cidade e andar a pé? quem é que anda a pé? quantos dias, no ano inteiro, não sentamos o rabo no carro? as lojas na baixa fecham cada vez mais cedo, não há cafés decentes e, ao fim-de-semana, nem se fala.
além disso, como podem ver pelas imagens, o terreiro do paço vai ser um sítio extremamente agradável, cheio de sombras e de sítios para estar..
uma rede de transportes nocturna decente e segura? para quê? ninguém ia aderir.. agora passear de um lado pó outro no terreiro do paço sim, acho que é o domingo perfeito de qualquer das pessoas que conheço. fosca-se. não era suposto andarmos pá frente?

acabei de encontrar um bom excerto:
'o projecto divulgado em sessão privada de cml emoldura o terreiro do paço com piso riscado, invocando a cartografia do séc xvi. a placa central é preenchida por uma desconcertante rede de losangos ocre, de areão, a 'condizer' com as fachadas dos edifícios, num imenso tartan de gosto duvidoso, debruado a risquinha cinzenta e rematado por um losango verde-garrafa sob o plinto da estátua, em 'pandan' com o verdete. aplana-se a placa central com uma 'bancada' de 1m de alto, em degraus, ao longo de toda a frente-rio, para banhos de sol, farturas e passear o cão.'

quinta-feira, 14 de maio de 2009

lady cup

pois que nem sei bem por onde começar..
apesar de isto me estar a fazer uma grande confusão (não, eu não sou retrógrada. isto é que é muito à frente..) devido aos impactos ambientais que este pequeno objecto soluciona, vi-me obrigada a procurar mais informação sobre ele.
para quem não sabe, assim como as fraldas, os pensos higiénicos e os tampões causam grandes dores de cabeça a quem se preocupa com o planeta e com o que fazer aos nossos lixos.
apresento-vos então o lady cup. sim, pode traduzir-se à letra.. recipiente feminino. vejam o filme que assim poupo-me a mais explicações.


quarta-feira, 13 de maio de 2009

saudades













hoje recebi um mail com coisas do antigamente e o que mais saudades me fez foi a minha antiga bota botilde. não tenho noção de quantas horas passei aos pulos com aquela porcaria, nem de quantos quilos poderia rapidamente perder se ainda tivesse a minha magnifica botinha.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

lisboa mais que viva







é impossível demonstrar o quanto fiquei hoje estupificada com o simpático e verdinho cartão lisboa viva, sem vos apresentar o azulinho oyster.
então o oyster é um amável cartão londrino que serve para todos os meios de transporte públicos da cidade e em simultâneo (que é o que parece mais complicado acontecer por terras lusas!), ou seja, é possível carregar o oyster de várias maneiras.. um passe semanal, um passe fim de semana, um passe 10 viagens, um passe 15 dias, mensal ou simplesmente carregar tipo telemóvel (mete-se lá o dinheiro e pronto). incrivelmente, este sobredotado cartão serve para descontar viagens de metro.. de comboio.. de bus.. e ainda mais.. mesmo que tenhamos um passe mensal, imaginemos, para a zona 1 e 2, se quisermos sair destas zona, basta termos préviamente carregado o cartão com algumas libras e pronto, ele desconta o excesso da viagem. tão intelegente este maroto, não é?
pois que o desgraçado do lisboa viva não foi abençoado com a mesma inteligência e para além de só por si ser já um amigo do passe (aquele antigo que todos conhecemos) e não poderem acumular funções (o passe é o passe, meus amigos!), ora bem que é usado na cp ou no metropolitano, que isto de misturas nunca foi muito bem aceite cá no nosso portugalinho!
foi então hoje que descobri na bilheteira do metro de entrecampos que vou passar a andar com o passe 'agrafado' a dois lisboas vivos. um carrego para o metro. o outro carrego para a cp. e tendo em conta que são iguaizinhos.. a bondosa senhora dos bilhetes fez o obséquio de me escrever 'cp' num cantinho de um dos verdinhos para que eu nunca mais ter dúvidas e não mais perder tempo nas correrias por lisboa.
e criaram eles o lisboa viva para nos simplificar a vida =) obrigada senhores lisboas vivos!

sábado, 2 de maio de 2009

da inês

'acho que damos pouca atenção àquilo que efectivamente decide tudo na nossa vida, ao órgão que levamos dentro da cabeça: o cérebro. tudo quanto estamos por aqui a dizer é um produto dos poderes ou das capacidades do cérebro: a linguagem, o vocabulário mais ou menos extenso, mais ou menos rico, mais ou menos expressivo, as crenças, os amores, os ódios, deus e o diabo, tudo está dentro da nossa cabeça. fora da nossa cabeça não há nada.'
josé saramago

sexta-feira, 1 de maio de 2009

black

porque tem sido um turbilhão de sentimentos. porque bóiam todas as pérolas para que eu as consiga ver bem e porque é assim que me sinto viva. e por falar em pérolas..