sábado, 30 de janeiro de 2010

Filipe Balestra

 

Foi o primeiro arquitecto a falar no seminário sobre a Cova da Moura, e estava enfiado no sofá até não se conseguir enfiar mais. Nasceu no rio um ano antes de eu ter vindo ao mundo e estudou, imaginem onde.. na Suécia. Pois claro que arregalei os olhos e ouvi tudo o que disse o Filipe. E tenho pena de não poder ter visto ao vivo aquelas pessoas que vi em fotografias, e tenho pena de não ter conhecido aquelas mulheres indianas que lutam por um povo inteiro. Um dia (e o Pedro não pode estar a ouvir) largo mesmo tudo e vou para o mais longe que conseguir. E vou ocupar a minha vida. O Filipe está na minha lista, liderada pelo Zé Pedro dos Xutos, de pessoas com quem gostava de beber copos e conversar horas a fio.



Diário de Notícias

Arquitectura: Filipe Balestra traz a Portugal "uma verdade inconveniente"

23 Outubro 2009
Depois de construir uma escola numa favela brasileira com os moradores e de ter dado nova vida a um bairro de lata na Índia, o jovem arquitecto Filipe Balestra vem a Portugal alertar para uma "verdade inconveniente".
"Vamos focar um trabalho que responde a uma das verdades inconvenientes de 2009: um terço da população mundial está a morar em favelas e os arquitectos na sua maioria trabalham para quem paga", disse à agência Lusa o arquitecto, de 27 anos, que juntamente com a sua equipa quer contribuir para inverter esta situação.
"Estivemos na Índia a trabalhar na estratégia de desenvolvimento de bairros de lata", recordou Filipe Balestra, explicando que o conceito aplicado se baseia em trabalhar num processo com moradores, "em que eles fazem parte do design e da construção de novas casas".

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