sexta-feira, 12 de março de 2010

Uma tarde em grande

Com a Trienal de Arquitectura como pano de fundo lá fomos nós conhecer a Cova da Moura. O dia esteve óptimo e começamos logo pelo almoço regado com vinho da casa. Não pude provar a gastronomia característica porque o prato do dia era de porco, mas comi um salmão grelhado maravilhoso. O nosso guia foi mais que profissional e tivemos realmente uma grande tarde. Estou completamente off!
Falamos com um dos senhores mais antigo do bairro, com comerciantes, amigos do António (o guia) e, como não poderia deixar de ser, as nossas mamãs (a Ana e a Marta) até andaram a dar cacetadas no milho para preparar Cachupa. Até tivemos a sorte de encontrar a Lieve (do Moinho da Juventude)!

 

4 comentários:

Anónimo disse...

Tirando a gastronomia e alguns habitantes, com que opinião - profissional e pessoal - ficaste do bairro?

Maria disse...

Bem, a opinião pessoal com que fiquei não está muito longe das espectativas. O bairro é, durante o dia, um sítio com bastante vida, comércio e é realmente um local com uma aura diferente. Há muita cor, muitos cheiros e muita alma. Há uma foto neste post com um sofá beje na rua que só me faz lembrar a ambiência da Alice no País das Maravilhas.
Arquitectonicamente, o bairro tem um potêncial enorme que se alarga até a aspectos sociais, mas por outro lado tem também gente a viver em condições desumanas que não pensamos muitas vezes existirem tão perto de nós. Daí a questão de recuperar o existente ou de arrasar com o bairro e construí-lo de raiz. Eu sou da primeira opinião, apesar de ter consciência que é muito difícil afastar algumas características menos positivas que estão latentes aqui há anos, não tenho nada a ideia de que o realojamento, nos parâmetros em que é feito em Portugal, seja minimamente eficaz, sendo uma ultraje alguém chamar-lhe reinserção. Reinserção é definitivamente outra coisa muito mais complexa mas muito mais eficaz.

Gostava era de saber a quem estou a responder.

Anónimo disse...

Estás a responder a um leitor pontual do teu blog. Não chega? :-P
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Há temas e assuntos delicados, e este é um deles. Efectivamente, a melhor solução era construir tudo de raiz. Porém, quem nos garante que passado um ano, tudo volta ao habitual :-(

Gostei da tua opinião gaja :)

Maria disse...

A minha opinião tem vindo a sofrer alterações devido às inúmeras conversas que tenho tido à volta deste tema. Este é mesmo um assunto delicado (ou devia ser) e, apesar de estar a fazer um exercício meramente académico, gostava de apresentar uma proposta em que me sinta de consciência tranquila.