quinta-feira, 17 de maio de 2012

Plim

E está a chegar o momento. A verdade é que há anos que sonhei com isto e agora, quando se tornou uma possibilidade tão real que tinha três horas para me decidir, só conseguia chorar..
Ficaram os bombeiros na praia, três baptizados, um casamento e o festão. O meu festão dos trinta.
Chorei o que pude da Expo a Mem-Martins, meti tudo na balança e depois mandei-a à merda. Minha amiga, é agora ou é nunca? É agora. E desliguei o telefone, tirei os auriculares, meti o carro na garagem e subi ao castelo para começar a longa lista de afazeres até me ir embora.
Até agora, não voltei a olhar para trás. Tenho pena de alguns momentos que vou perder, mas a decisão foi tomada e agora é este o caminho.
Durante estes últimos dias têm-me chegado mensagens muito profundas e tenho ouvido coisas muito muito boas, algumas de pessoas muito importantes e outras de pessoas que nem sequer costumo ter por perto e isso tem-me deixado um bocado incomodada mas com uma força estranha, com uma vontade que não acaba.
Tive que me despedir à pressa das lágrimas que se foram despedir de mim ao aeroporto porque desta vez (que já é a segunda), não me quis despedir triste de Lisboa. E não despedi. Tenho tido muitos obstáculos no caminho e não choro, por isso este passo vem com um sorriso até ao fim do mundo (que deve ser o Chibuto).
Venha bom, venha mau, venha fácil e difícil. Venha o que vier. A decisão foi tomada e aqui vou eu. Até já Lisboa do meu coração.

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