sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Dia 113


Toda a gente que me conhece sabe que, entre outras coisas, quando defendo uma causa sou bruta e perco por vezes as estribeiras à medida que se me exalta a veia do pescoço.
Não sei se por estar mais velha, ou mais calma, ou numa realidade diferente em que a vida tem outro valor, estranho a violência com que por vezes se apregoa paz.
Sou contra as touradas desde que me lembro de ser gente e apesar da atrocidade a que todo o assunto me cheira, não me é indiferente o facto de ver escarrapachadas no facebook frases que respondem ao maltrato de animais com maltratos das mães dos toureiros e ameaças diversas. Eu também acho que é uma actividade irracional e parva, como a caça. O prazer de matar ou torturar, por muito tradicional e intrínseco que seja, não se desvia da morte, nem da tortura. Mas não teremos que manter os limites em cima da mesa? 'Vai espetar a tua mãe'? A sério que é isto que se quer exprimir? A mim basta-me que parem com as touradas, dispenso a parte de espetarem o que quer que seja, seja em quem for.

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