Quantas vezes fazemos coisas a brincar por não podermos, seja lá por que razão for, fazê-las a sério? Quantas vezes se compram marcas falsas por não termos dinheiro, ou não o querermos gastar, numa verdadeira? Quantas vezes olhamos para outras vidas e as desejamos por não termos ambição, ou tomates, de lutar pela nossa? Quantas vezes apregoamos ser ou fazer coisas que por incapacidade, ou preguiça, não somos nem fazemos?
Porque não olhamos para as nossas medidas e vivemos à medida da mesma? Porque não compramos uma mala da Zara ou mesmo uma artesanal em vez de uma Louis Vouitton da feira de Carcavelos? Porque não levamos as nossas crianças a uma biblioteca em vez de as enfiarmos no Colombo? Porque não vamos caminhar na praia ao fim do dia em vez de ver telenovelas merdosas?
Parece-me que se passam vidas inteiras sem que se levem as coisas a fundo. Sem que se leia o que realmente de quer ler, sem que se veja o que realmente se quer ver. No limite, que se crie uma criança confiando na televisão e na playstation sem que se lhe mostre o mundo e se lhe ensine alguma coisa.
Sem máscaras e sem presunções, acordar como deve ser, trabalhar como deve ser, comer como deve ser, namorar como deve ser, sair à noite como deve ser, ser pai como deve ser. Viver como deve ser. E o que não se pode ou não se quer fazer, não se fazer mais ou menos, mas simplesmente não fazer.
Como deve ser quer para mim dizer com convicção, com brio, com orgulho. Sem máscaras e sem presunções.
Tive que ir ao google ver como é que se escreve Louis Vuitton.
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