Tinha a família a chegar para o almoço do meu próprio aniversário e a noite anterior no Bairro Alto não tinha sido fácil. Depois do banho, enchi a cara de base e de boa disposição e lá fui eu para a entrevista. Não sabia o que dizer, nem sempre é fácil verbalizar o que nos move mas eu sabia que só podia vir algo de bom dali e queria mesmo ficar. Felizmente, volvidos quase trinta anos, ainda me tremem as pernas e ainda me assaltam loucuras. Não tinha dito nada a ninguém e escolhi precisamente o almoço de aniversário com a família e o jantar com os amigos para comunicar a minha próxima aventura. Entre gargalhadas e caras de pânico, houve de tudo, mas nenhuma das reacções me fez sequer hesitar.
Agora que passaram dois meses, que fui conhecendo algumas das caras, que fui travando inícios do que desconfio que venham a ser amizades e que, principalmente, me senti crescer mais na direcção onde pretendo um dia chegar, tenho a certeza que foi uma óptima opção. Teria valido a pena mesmo que tivesse terminado na noite de encerramento (que acabou, como todos viram, de uma óptima maneira). Valeu mais ainda a pena porque tenho a certeza que não terminou nesse dia.
Obrigada a todos os que contribuíram para que os meus dois últimos meses tenham sido tão gratificantes. Fico ansiosamente à espera dos próximos.
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