que também tenho saudades de te cortar o cabelo, de dizeres que todas as apresentadoras da televisão eram tuas primas, de te rires perdido com o Alberto João e com a Odete Santos, de comeres casca de laranja, de fazer avós-feias no quadro de ardósia, de acertares o relógio grande da sala, de te rires da minha forretice por eu ter enfiado uma garrafa de água no meu autoclismo e de no dia a seguir teres enfiado garrafas de água nos outros autoclismos todos da casa, de gozares comigo por ter medo da Galinha, de me ires buscar à patinagem, de te ver a nadar em Carvalho, de me assares castanhas e maçãs na lareira, de o Golf ser meu de manhã e teu à tarde, de seres um péssimo condutor, de seres o pior a estacionar, de descascares uvas ao Pumba, de teres os óculos cheios de tinta, de teres as calças cheias de tinta, de me teres enchido o cão de tinta. Tenho cada vez mais saudades tuas.
Não sei o que é um Natal sem ti, não sei o que é a nossa casa sem ti, não sei o que é Carvalho sem ti, não sei o que é a Alexandrina sem ti, mas mais cedo ou mais tarde vou voltar e ter de descobrir. Tenho cada vez mais saudades tuas.
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