Quando for grande quero aprender a meter os outros no lugar. No deles.
Porque seria suposto os adultos passarem com uma boa nota no workshop de distância pessoal (acho que é ainda mais incomodativa que a distância higiénica de que o Cabral tanto fala). Distância pessoal, aprendi na escola, talvez no 10º ou 11º ano, é o espaço físico que nos envolve. Como se tivéssemos (e temos!) um cilindro com 40cm de raio de secção à nossa volta que fosse nosso. O ar não é de todos. O ar da nossa bolha cilíndrica só é dos outros quando os deixamos entrar, assim como quem oferece uma peça de fruta já dentada, ou quando estes se auto-impingem (autoimpingem, segundo o acordo ortográfico de 1990), o que é como se nos babassem a porcaria da peça de fruta e ficássemos instantaneamente com vontade de enfiar a dita peça no lixo.
Não tenho jeito nem feitio para empurrar certo tipo de personalidades para fora da minha bolha a tempo, o que faz com que, quando tenho a bolha insuportavelmente invadida, esbraceje e esperneie com tudo o que tenho. Grito, cuspo-me e depois volto para a minha bolha, que ficou escangalhada mas me deixou desconfortavelmente solta.
O ar não é, definitivamente, de todos. E este aqui é meu!
9 comentários:
O Gonçalo tem uma história muito gira sobre isso... :)
Falaste 3 vezes em bolha :)
Logo é para te mandar uma grande beijoca com saudades.
:)
Vocês hoje madrugaram! E eu que acabei agora de chegar ao trabalho..
Beijinhos e muitas saudades.
É caso para dizer “arrebenta”* a bolha!!!
* Segundo o acordo ortográfico de 1987.
Arrebenta o meu bolhita!
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Vou ficar à espera de um post convidado. Se quiseres faço uma sondagem. Para ser e-democrático.
Já tens aí o like :)
Quem te fez mal?
Diz-me k eu vou lá!
NÃO ME AGARREM!
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