quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O ar não é de todos.

Quando for grande quero aprender a meter os outros no lugar. No deles.
Porque seria suposto os adultos passarem com uma boa nota no workshop de distância pessoal (acho que é ainda mais incomodativa que a distância higiénica de que o Cabral tanto fala). Distância pessoal, aprendi na escola, talvez no 10º ou 11º ano, é o espaço físico que nos envolve. Como se tivéssemos (e temos!) um cilindro com 40cm de raio de secção à nossa volta que fosse nosso. O ar não é de todos. O ar da nossa bolha cilíndrica só é dos outros quando os deixamos entrar, assim como quem oferece uma peça de fruta já dentada, ou quando estes se auto-impingem (autoimpingem, segundo o acordo ortográfico de 1990), o que é como se nos babassem a porcaria da peça de fruta e ficássemos instantaneamente com vontade de enfiar a dita peça no lixo.
Não tenho jeito nem feitio para empurrar certo tipo de personalidades para fora da minha bolha a tempo, o que faz com que, quando tenho a bolha insuportavelmente invadida, esbraceje e esperneie com tudo o que tenho. Grito, cuspo-me e depois volto para a minha bolha, que ficou escangalhada mas me deixou desconfortavelmente solta.
O ar não é, definitivamente, de todos. E este aqui é meu!

9 comentários:

IM disse...

O Gonçalo tem uma história muito gira sobre isso... :)

Filipe disse...

Falaste 3 vezes em bolha :)

Logo é para te mandar uma grande beijoca com saudades.

:)

Maria disse...

Vocês hoje madrugaram! E eu que acabei agora de chegar ao trabalho..

Beijinhos e muitas saudades.

IM disse...

É caso para dizer “arrebenta”* a bolha!!!


* Segundo o acordo ortográfico de 1987.

Maria disse...

Arrebenta o meu bolhita!

ZonGo disse...

Falta aqui um botão "like"...

Maria disse...

Vou ficar à espera de um post convidado. Se quiseres faço uma sondagem. Para ser e-democrático.

Maria disse...

Já tens aí o like :)

Reis disse...

Quem te fez mal?
Diz-me k eu vou lá!
NÃO ME AGARREM!