Depois de um 2009 difícil e um 2010 de muita luta, veio o ano da crise. Mas eu nem me posso queixar.
Obrigada estômago por te teres portado tão bem.
Obrigada roupinha por me teres servido o ano todo.
Obrigada wishlist 2011 por teres sido tão generosa.
Obrigada A. e D. por terem entrado na minha vida.
Obrigada hiperactividade por me teres feito dar mais um grande passo.
Obrigada Roma e obrigada Berlim x 2.
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
Queridos senhores trabalhadores da CP
Mas que grande conveniência, queridos senhores trabalhadores da CP, marcarem greve para uns dia bons como estes. Que chatice que é trabalhar, mas porra, tem que ser! Gratos aqueles que o podem dizer. (Imagino o regabofe para decidir quem é que iria assegurar os serviços mínimos que, diga-se, são a horas estapafúrdias para quem tem que ir trabalhar).
Desejo que todas as famílias que esperavam usar o vosso meio de transporte na véspera e no dia de Natal a fim de se conseguirem reunir tenham dinheiro para vos trocar por um táxi. Um grande bem haja!
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Boas (muito boas) práticas.
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
Diálogo
Alexandrina: Vou aquecer água para a botija.
Maria: Deixa estar que eu vou lá.
Alexandrina: Tu não sabes, tem que ser bem quente.
Maria: Deixa estar que eu vou lá.
Alexandrina: Tu não sabes, tem que ser bem quente.
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
'Temos aqui uma química perfeita'
Foi um granda concerto, sem dúvida. A companhia foi impecável, fartei-me de pular e de gritar pelo meu Zé Pedro e saí de lá com uma energia brutal. Venham mais!
Sémen
Ai se ele cai
À minha maneira
Não sou o único
Mundo ao contrário
Gritos mudos
Enquanto a noite cai
Superjacto
Aqui faz frio
Prisão em siEnquanto a noite cai
Superjacto
Aqui faz frio
Avé Maria
Tonto
Esta cidade
Conta-me histórias
Vossa excelência (Titãs)
Jogo do empurra
Dia de São Receber
Chuva dissolvente
Circo de feras
Contentores
1º EncoreCirco de feras
Contentores
Quem é quem
Homem do leme
Maria
Casinha
2º EncoreHomem do leme
Maria
Casinha
Para sempre
quinta-feira, 8 de dezembro de 2011
World’s First Sex School Opens in Vienna
If you felt that Sex Ed classes in school were rather inadequate, we have some good news for you. There is now a school that provides courses related exclusively to sexual education, and includes practical instructions as well.
The Austrian International School of Sex (AISOS) will soon be open to students near Vienna. The opening was announced by the headmistress of the school, Ylva Maria Thompson. The vision of the school, according to Thompson, is to teach people how to be better lovers. She goes on to say that people spend time and money on training their mind, muscles, and fitness, but do not spend enough effort on developing their love-making skills. This is precisely what the sex school hopes to address.
Curious to know more? Well, all we know for now is that the school plans to provide theoretical and practical training. Courses such as the history of sex and modern sexual theory will be taught. A major chunk of the course, however, will be ‘hands-on’. An entire semseter at the school consists of five full-term and three special intensive courses. The cost for a semester is €1,400 which is roughly $1,850. The first batch is due to start in January and the class has already been filled up. According to the school’s website, classes will take place at an 18th century mansion, which is about a half-hour drive from Vienna. The mansion has been redecorated to suit the needs of the school and is equipped with high-tech teaching rooms.
Does this sound too good to be true? If you’re looking for a catch, there is one. Most of the classes at AISOS, unfortunately, are to be taught in German. So if you don’t know the language, you might find the classes tough. But hey, sex is a universal language right?
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Pronto, já disse.
Tenho andado com vergonha de dizer isto mas rendi-me à porcaria do auricular do telemóvel mesmo quando não estou no carro. E o que eu gozava com essa gente.. Não é daqueles da teleseguro, são uns simples fones, mas o efeito prático de andar na rua a falar sozinha é basicamente o mesmo. A verdade é que há por aí muito boa gente (médicos em especial) a falar nos malefícios que traz o uso do telefone ao nosso cérebro e o que se puder evitar vem com certeza por bem.
E não é que no trabalho dá imenso jeito porque fico com as duas mãos livres para o teclado e para a papelada? E em casa? Ainda ontem arrumei a roupa passada toda enquanto punha a conversa em dia com a D!
Vá, é piroso que dói mas é por uma boa causa.
E não é que no trabalho dá imenso jeito porque fico com as duas mãos livres para o teclado e para a papelada? E em casa? Ainda ontem arrumei a roupa passada toda enquanto punha a conversa em dia com a D!
Vá, é piroso que dói mas é por uma boa causa.
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
Natal solidário
Já conhecem a campanha dos CTT? Está tudo aqui.
Se bem que já o terceiro dia que entro no site e nunca há cartas disponíveis..
Se bem que já o terceiro dia que entro no site e nunca há cartas disponíveis..
domingo, 4 de dezembro de 2011
sábado, 26 de novembro de 2011
Greve de tv
Na manhã da greve geral liguei a televisão para saber notícias do trânsito que se avizinhava horrendo mas que afinal estava pacífico. Enquanto me andava a aprontar ia ouvindo o que mugia a caixinha e, se já há anos me sentia incrédula com os nossos publicitários, aquela manhã tornou-se fatídica.
Não é que a Bosch tem um anúncio de ferros de engomar que acaba com um senhor super feliz a afirmar que 'Agora passar a ferro é ainda mais fácil!'. Mas alguém processa o homem? Desde quando é que é fácil passar a ferro? Devia levar com uma pilha de roupa de metro e meio no pico do verão e com um ferro de caldeira para ver se aprende a não metir já que a mãe não o ensinou.
Incompatibilidade publicitária número dois: uma porra de um site de compra de ouro (este). Já me incomoda esta moda agora de lojas de ouro (abriram pelo menos 3 em Campo de Ourique nos últimos dois meses) que incentiva, digo eu, a uma esticão mais frequente, mas este anúncio bate tudo. Vou reproduzir o texto para ver se facilmente nos entendemos:
Enviar-lhe-emos, grátis, por correio o pacote Gold Pack. Você só precisa de embalar os objetos de valor que quer vender e entregar a sua encomenda nos correios. Envie a sua encomenda sem portes de envio.
Percebi bem, não percebi?
Enviamos o nosso ourinho dentro de um pack e um dia destes eles avaliam-no e mandam-nos o dinheirinho equivalente. Aposto que temos que fotografar antes o que estamos enviar, não vá o carteiro alambazar-se ao fiambre!
Por fim ouvi um anúncio ao Old Spice mais ou menos assim:
Ela: Querido, porque não tiras esses pêlos no fundo das costas?
Ele: Eu?? Mas o que é que tu pensas, eu sou muito macho!! Eu faço a barba e uso Old Spice!
E pronto.. mais 2 meses sem ligar a tv.
Não é que a Bosch tem um anúncio de ferros de engomar que acaba com um senhor super feliz a afirmar que 'Agora passar a ferro é ainda mais fácil!'. Mas alguém processa o homem? Desde quando é que é fácil passar a ferro? Devia levar com uma pilha de roupa de metro e meio no pico do verão e com um ferro de caldeira para ver se aprende a não metir já que a mãe não o ensinou.
Incompatibilidade publicitária número dois: uma porra de um site de compra de ouro (este). Já me incomoda esta moda agora de lojas de ouro (abriram pelo menos 3 em Campo de Ourique nos últimos dois meses) que incentiva, digo eu, a uma esticão mais frequente, mas este anúncio bate tudo. Vou reproduzir o texto para ver se facilmente nos entendemos:
Percebi bem, não percebi?
Enviamos o nosso ourinho dentro de um pack e um dia destes eles avaliam-no e mandam-nos o dinheirinho equivalente. Aposto que temos que fotografar antes o que estamos enviar, não vá o carteiro alambazar-se ao fiambre!
Por fim ouvi um anúncio ao Old Spice mais ou menos assim:
Ela: Querido, porque não tiras esses pêlos no fundo das costas?
Ele: Eu?? Mas o que é que tu pensas, eu sou muito macho!! Eu faço a barba e uso Old Spice!
E pronto.. mais 2 meses sem ligar a tv.
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
Querido Pai Natal 2
Parece que o Manuel quer pagar as despesas do portão, que com tanto alarido e cooperação acabaram por se ver reduzidas a menos de um quarto.. Assim sendo, passo a reverter as minhas prendas no averbamento da carta. Obrigada.
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Dizia-me a minha mãe sempre que eu estava no banho:
Se no inferno assim se canta, nem o diabo lá pára!
terça-feira, 22 de novembro de 2011
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
Guerras que não compramos
Sempre fui bruta a lutar pelo que defendo desde que me lembro de ser refilona. E já lá vão uns aninhos. Hoje alguém se ria ao jantar quando eu dizia que adoro discutir, mas é verdade, eu gosto mesmo de discutir, de argumentar, de refutar, de ouvir.. Tento não me lançar em discussões quando acho que não tenho bases para isso e também não discuto quando não vejo bases do outro lado da trincheira. Até porque lutar contra o 'porque não' não dá gozo e porque por muito que possamos (não é póssamos) discutir contra alguém quadrado, não vamos aprender muita coisa, perdendo tempo e ganhando rugas. A aprendizagem da frontalidade é dura e mais difícil é a separação desta com a força com que se dizem as coisas. Isso e perceber que se defendemos um conceito, seja ele qual for, devemos ser coerentes com ele. Apregoar paz aos berros e safanões na rua não me parece um bom exemplo. Mas somos todos iguais, capazes do mesmo, e, se fosse eu, gostava que me alertassem para o volume e direcção disparatada da minha voz. Pena ser difícil falar e ainda mais pena ser muito difícil ouvir. A ver vamos.
domingo, 20 de novembro de 2011
112
Hoje tive o privilégio de visitar as instalações da central 112 de Lisboa (na Av. António Augusto Aguiar) e de dar umas boas gargalhadas. Infelizmente, ao fim de quase 30 anos de vida, dei-me conta da realidade que é o nosso número de emergência nacional.
Num briefing inicial foi-nos transmitido que, já com alguma margem, 75% das chamadas feitas para aquele número são falsas ou desapropriadas, o que achei que era uma valente treta pois ninguém se põe a brincar com o 112, muito menos para fazer perguntas parvas, até que entrei para a sala onde quatro agentes da PSP recebiam então os ditos telefonemas. No que diz respeito a chamadas feitas a partir de dispositivos fixos, a localização e posterior responsabilização (ou mesmo envio de um carro patrulha ao local) são possíveis, mas o mesmo não acontece com chamadas feitas através de telemóveis.
Consigo dizer que do tempo que lá estive noventa e cinco porcento das chamadas recebidas foram desaquadas ou de crianças parvas a gozar com quem trabalha e, pior, a ocupar a linha de emergência nacional. Será que nem dá educaçãozinha a estas bestas? Será que é preciso perder muito tempo a explicar a uma criancinha que se um dia quiserem ligar para o 112 porque o avô está a enfartar e a linha estiver ocupada é muito bem feito? Será que é mesmo preciso sensibilização para tudo e mais música? Será que as pessoas não pensam na vida e no que andamos cá todos a fazer? (Nem vou falar no caso do Guilherme Martins, que não tem culpa de viver num país que só se move para ser dador de medula quando um filho de um jogador da bola tem um mês de vida).
Fui eu que ouvi hoje, ninguém me contou, pessoas a ligar para o 122 em português correcto para saber onde é que se pode dar sangue, qual o número das informações e em que dia estávamos.
Façam favor de dizer às criancinhas que se ligarem para o 112 alguém os vai obrigar a comer sopa de espinafres ao pequeno almoço até ficarem velhos. Quanto aos graúdos não vejo safa possível, mas assim como quem não quer a coisa, se os virem fazer barbaridades destas.. dêem-lhes uns valentes caldos.
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
Fui promovida. Agora sou dadora de aférese!
O que é a aférese?
Consiste em colher selectivamente uma pequena percentagem de um componente sanguíneo (plaquetas, glóbulos vermelhos ou plasma), com a ajuda de um aparelho automático – separador celular – sendo os restantes componentes sanguíneos restituídos ao dador, através da mesma punção.
Tipos de aférese:
- Plaquetaférese - doação de plaquetas – as plaquetas são células sanguíneas que controlam a hemorragia. Destinam-se a doentes com leucemia, linfoma, cancro, doentes sujeitos a cirurgia cardíaca ou transplante de medula óssea. São substituídas 48 horas após a dádiva.
- Eritraférese - doação de glóbulos vermelhos – os glóbulos vermelhos são células sanguíneas que têm como função transportar o oxigénio. Destinam-se a doentes politraumatizados, submetidos a cirurgias, doentes transplantados, com doenças crónicas como leucemia ou outra forma de cancro.
- Plasmaférese - doação de plasma – o plasma é o componente líquido que contém as proteínas plasmáticas. É administrado a doentes traumatizados queimados, receptores de transplante de órgãos e doentes com alterações de coagulação.
A aférese é segura?
Sim. É supervisionada durante todo o procedimento por uma equipa atenta e treinada. Todo o material utilizado é esterilizado e eliminado após cada doação, sendo impossível contrair alguma doença.
Quanto tempo demora?
Demora entre 30 a 50 minutos, conforme o tipo de dádiva seleccionada. É mais demorada que a colheita de sangue total, embora com grandes vantagens para os doentes que necessitam de transfusão sanguínea.
Quem pode ser dador por aférese?
- Todo o indivíduo saudável, dos 18 anos aos 60 anos, que pese mais de 50 Kg;
- Ter doado, pelo menos, duas vezes sangue total sem qualquer tipo de reacção adversa;
- Não possuir história pessoal ou familiar de hemorragia e/ou trombose;
- Não ter ingerido Aspirina ou Anti-Inflamatório Não Esteróide nos últimos cinco dias (impedimento só no caso de plaquetaférese);
- Não ser multípara (três ou mais filhos).
Onde pode dar sangue por aférese?
Nos Centros Regionais de Sangue (CRS) de Lisboa, Coimbra e Porto do Instituto Português do Sangue.
terça-feira, 15 de novembro de 2011
Isto diverte-me imenso logo de manhã
É esta a organização que se instala de manhã nas plataformas dos comboios e metros e nas paragens dos autocarros da capital (pelo menos) do nosso país. É uma solução de tal forma respeitada que quando alguém se atreve a meter o nariz em lugar alheio, vamos com certeza ter 'molho'. Há um par de semanas sentei-me a ler numa paragem sem ninguém e uns minutos depois uma senhora tocou-me no braço para me avisar que tinha chegado o autocarro. A paragem, sem eu me aperceber, tinha já umas 15 ou 20 pessoas e imediatamente se abriu um corredor para a minha triunfal entrada no dito transporte, como se eu tivesse um speed boarding na testa. Enquanto isto, um grupo de adolescentes distraídas, que não perceberam a solene sessão que ali acontecia, e ao ver toda a gente parada (à espera que eu vencesse os 4 metros que me separavam do meio de transporte, que por ter sido apanhada de surpresa, estava a tentar enfiar o livro na mala e sacar a carteira para retirar o passe) tiveram o azar de tentar furar a sagrada ordem e logo ali, uma senhora que até aposto de que bairro lisboeta é, meteu-as prontamente no lugar entoando com o seu vozeirão cantado: Oh minhas meninas, vejam se aguentam os cavalos que aquela senhora é quem está primeiro!
Eu não sei porquê, mas isto diverte-me.
domingo, 13 de novembro de 2011
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
Fruto
Não sei de onde vem essa insegurança que não suporto. Não sei em que raio de pedestal me arrumas para não me querer chegar, nem ver-te consigo daqui. Chamas-me escondido e eu não sei onde procurar essa voz firme fingida. Onde estás? Porque não me dizes onde estás? Assaltas-me sem me deixar ver o que levas. E deixas-me confusa, mas dizes o contrário.
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Querido Pai Natal
Aproveitei o almoço do feriado para lançar bomba em casa. O que ando realmente a engendrar ainda não posso revelar porque senão lá se vai a surpresa familiar, mas basicamente, e não só devido à crise, expressei finalmente (o ano passado, em conversa com uma amiga achei que era uma óptima ideia mas não tive coragem de a pôr em prática) a minha intenção em abolir os presentes de Natal lá em casa. Apesar de não ser lá muito religiosa, entendo o Natal como uma festa familiar e acho que com tanto fumo nunca consegui realmente viver. Ando sempre até à última a tratar de prendas e a correr quando devia era (para além das quinhentas mil batatas que descasco porque lá em casa somos sempre mais de vinte) ajudar a minha avó e o meu avô. Não há prenda melhor que lhes possa dar e ainda bem que dia 24 é sábado.
Calou-se tudo e ficaram à espera que eu me risse.. ou outra coisa qualquer. Pronto, façam o que entenderem mas pelo menos pensem no assunto. As prendas que me quiserem dar, transformem-nas em dinheiro que eu vou arranjar um mealheiro para o portão da garagem, que está todo escangalhado.
Espero que pelo menos pensem no assunto. E vocês também.
(Os bracinhos do Pai Natal foram propositadamente retirados. Este ano, por mim, o máximo que pode ir lá fazer a casa, é jogar Trivial connosco)
Calou-se tudo e ficaram à espera que eu me risse.. ou outra coisa qualquer. Pronto, façam o que entenderem mas pelo menos pensem no assunto. As prendas que me quiserem dar, transformem-nas em dinheiro que eu vou arranjar um mealheiro para o portão da garagem, que está todo escangalhado.
Espero que pelo menos pensem no assunto. E vocês também.
(Os bracinhos do Pai Natal foram propositadamente retirados. Este ano, por mim, o máximo que pode ir lá fazer a casa, é jogar Trivial connosco)
terça-feira, 1 de novembro de 2011
Marcas portuguesas (como deve ser), alguém me ajuda?
Aerosoles, Águas Luso, Beppi, Cartuxa, Compal, Delta, Dielmar, Do Homem, Fly London, Foreva,Gallo, Galp, Kispo, Lanidor, Nobre, Oliveira da Serra, Petit Patapon, Porto Editora, Quinta da Bacalhôa, Regina, Renova, Sagres, Super Bock, Recer, Revigrés, Spal, Vista Alegre
(Já com a ajuda da MC)
(Já com a ajuda da MC)
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
Estar a ficar velha é
ir sair à noite e toda a gente saber a coreografia de uma música que eu ainda nem sequer tinha ouvido
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
(suspiros vários)
Estou impaciente com a chegada das fotos da parte 3 das minhas férias.. e ainda vai demorar uma semanita ou duas. Parece que com as fotos vêm aí muitas coisas boas. Tic-tac tic-tac.
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
terça-feira, 4 de outubro de 2011
Obrigada A.
Pela óptima companhia, pelos silêncios, por abrires o teu vidro sempre que eu abri o meu, por teres conduzido naquela noite, por me obrigares a correr e pelo resto. Obrigada.
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
domingo, 18 de setembro de 2011
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Ritmo de oito tempos. Pam.
Acho que o mais difícil é acertar ritmos. Os meus ritmos são muito meus e eles próprios se transformam ao seu próprio ritmo. O ritmo de acordar, o ritmo de vestir (e de despir), o não ritmo de parar tudo e contemplar, o ritmo de escrever no blog, o ritmo de jantar sopa, o ritmo de ler antes de dormir, o ritmo de chegar ao cinema cedo, o ritmo de dançar no super mercado porque ir às compras é uma seca, o ritmo de fazer malas, o ritmo alucinante dos e-mails, o ritmo do meu blackberry, o ritmo de chamar para a mesa, o ritmo de deitar no chão, o ritmo todo do meu quarto. As ordens das cores e do alfabeto. Ufa, acho que o mais difícil é acertar ritmos.
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Rascunho
Há dias assim intensos em que acabamos em cima do sofá descalços a desfrutar do silêncio. Dói-me o corpo mas dói-me mais o cérebro, que hoje se fartou de ginasticar. Começo a aprender a transformar a raiva das atitudes alheias em ginástica para o cérebro. Tenho no prato um petisquinho cerebral e só tenho que decidir por onde começar a seccionar. O caminho mais simples é começar por me pôr no lugar do outro, que é sempre um sapato de difícil adaptação, mas isto com jeitinho vai. E tenho logo um palpite, foi mesmo falta de deslocação para a pele do próximo o início do problema. Descobri que é o cerne de muita complicação.
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
Gente com mais qualquer coisa
Tinha a família a chegar para o almoço do meu próprio aniversário e a noite anterior no Bairro Alto não tinha sido fácil. Depois do banho, enchi a cara de base e de boa disposição e lá fui eu para a entrevista. Não sabia o que dizer, nem sempre é fácil verbalizar o que nos move mas eu sabia que só podia vir algo de bom dali e queria mesmo ficar. Felizmente, volvidos quase trinta anos, ainda me tremem as pernas e ainda me assaltam loucuras. Não tinha dito nada a ninguém e escolhi precisamente o almoço de aniversário com a família e o jantar com os amigos para comunicar a minha próxima aventura. Entre gargalhadas e caras de pânico, houve de tudo, mas nenhuma das reacções me fez sequer hesitar.
Agora que passaram dois meses, que fui conhecendo algumas das caras, que fui travando inícios do que desconfio que venham a ser amizades e que, principalmente, me senti crescer mais na direcção onde pretendo um dia chegar, tenho a certeza que foi uma óptima opção. Teria valido a pena mesmo que tivesse terminado na noite de encerramento (que acabou, como todos viram, de uma óptima maneira). Valeu mais ainda a pena porque tenho a certeza que não terminou nesse dia.
Obrigada a todos os que contribuíram para que os meus dois últimos meses tenham sido tão gratificantes. Fico ansiosamente à espera dos próximos.
Agora que passaram dois meses, que fui conhecendo algumas das caras, que fui travando inícios do que desconfio que venham a ser amizades e que, principalmente, me senti crescer mais na direcção onde pretendo um dia chegar, tenho a certeza que foi uma óptima opção. Teria valido a pena mesmo que tivesse terminado na noite de encerramento (que acabou, como todos viram, de uma óptima maneira). Valeu mais ainda a pena porque tenho a certeza que não terminou nesse dia.
Obrigada a todos os que contribuíram para que os meus dois últimos meses tenham sido tão gratificantes. Fico ansiosamente à espera dos próximos.
terça-feira, 13 de setembro de 2011
Da minha janela
Amo o chão deste quarto como todos os seus outros pedaços. É o topo de um ninho onde se concentram todos os seus vapores. Aqui respiro todas as festas de aniversário em que corri pela casa com copos cheios de chantilly que a Alexandrina me deixava comer. Aqui guardo um berço oferecido por duas estrelas quando eu ainda nem as conseguia ver. Aqui guardo um baú que o Manuel fez às três pancadas com todos os postais e os bilhetes. Aqui mora a arrumação por que sou, frequentemente, gozada. Aqui moram lembranças de cada dia e de cada passo. Aqui guardo a foto mais bonita e as lágrimas mais pesadas. Aqui guardo a rede onde dormi uma só vez. Aqui guardo os vestígios de um assaltante de bases-de-duche que é metade do meu próprio corpo. Aqui prendo tudo a mim como se não houvesse nada mais lá fora. Aqui cheiro um arroz doce que não há em mais canto nenhum do mundo e ouço as marteladas mais desajeitadas que Deus ao mundo deitou. Desta janela espreito tão bem Camden como o Palácio da Pena. Vejo o Vale de Góis, a Verdizela e vejo agora tão bem um quartel cheio de botifarras. Vejo a Vidigueira e a Afurada e até vejo São Bernardino. Vejo um quarto de vida. Nos dois sentidos que me lembro agora.
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Mais uma reclamação
Eu não sei se vale a pena, mas assim como assim a refilice já não me passa.. E a verdade é que acho que se cada um fizer o seu trabalho, alguma coisa havemos de conseguir.
E-mail: provedor.cliente@carris.pt
www.carris.pt
Exma. Senhora
Recepcionamos e agradecemos o e-mail que nos dirigiu, que mereceu a melhor atenção.
Após a recepção da vossa comunicação, ouvimos o Sr. Motorista em apreço sobre a ocorrência relatada, que foi aconselhado a rever a sua postura profissional de forma a não ser alvo de apreciações negativas por parte dos clientes.
Devemos, ainda, acrescentar que estas queixas constituem para nós um motivo de preocupação, uma vez que tudo fazemos para que os nossos condutores tenham um comportamento que dignifique não só a imagem da empresa, como também, a sua própria imagem de profissional de serviço público.
O Sr. Motorista foi advertido e chamado à atenção para a necessidade de manter constantemente uma atitude profissional, respeitando todos os clientes, evitando conflitos e abstendo-se de comportamentos e comentários inadequados.
O Sr. Motorista vai também ser mais acompanhado pela hierarquia (Inspectores de Tráfego) no posto de trabalho de modo a observarmos se o serviço prestado corresponde aos níveis de Qualidade desejada pelos nossos clientes.
Relativamente ao Recibo da tarifa de bordo adquirida solicitamos que nos indique um endereço postal para onde deveremos enviá-lo.
Lamentando o sucedido, apresentamos os melhores cumprimentos.
Agostinho Antunes
Gabinete do Provedor do Cliente
Alameda António Sérgio, nº 62
2795-221 Linda-a-Velha
Tel: (+351) 21 413 8678
Fax: (+351) 21 413 8693Gabinete do Provedor do Cliente
Alameda António Sérgio, nº 62
2795-221 Linda-a-Velha
Tel: (+351) 21 413 8678
E-mail: provedor.cliente@carris.pt
www.carris.pt
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
Tic-tac
Foge-me um suspiro que andava por aqui preso. Amanhã é sempre perto demais para um passo tão grande e eu fico a olhar para o reduzido tamanho das minhas pernas. Sei que quero mas não sei se consigo e os suspiros agora atropelam-se-me no peito. Não sei se tenho mais vidas e gosto demasiado desta para poder dizer que não. Tic-tac tic-tac.
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
Chegue para lá a estupidez, se não se importa.
Não me beije. Não me beije que o que me falta não são os seus beijos. Não me olhe nem sequer me toque que nada disso me alimenta. Não me empurre que o capitão deste barco sou eu. E se eu não souber rumar a bom porto com um pé no instinto e outro no lodo não há beijos nem olhares nem toques que me possam encaminhar ao meu destino. Não me consigo enfiar no carreiro onde todas essas formigas se acotovelam e se lambem, por muito que a tentação me assalte. Sinto-me, nos 'entretantos' das glórias, diferente, o pato feio que mora ao lado. Mas logo vem a bonança que me lembra todos os porquês de estar deste lado. E sorrio.
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Verdizela
Na passada semana fui a um sítio mágico que me traz sempre muitas recordações. Um sítio onde já chorei muito e já ri ainda mais, um sítio onde aprendi a rodos daquelas coisas que fazem tão bem. E agora, de longe (que parece ainda mais longe do que realmente é) bate uma saudade que vem remexer os recantos que tenho guardados. Que fogueira maravilhosa e que banda sonora aconchegante, meu menino de bronze.
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
A minha avó é a maior #589 (já lhes perdi a conta)
Avó, onde está a super cola 3?
Está no frigorífico!
Está no frigorífico!
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
Sapatos mutáveis
Foi um choque saber que a minha maravilhosa ideia para sapatos mutáveis não era única no mundo.. Eu que até cheguei a estabelecer contacto com uma produtora nacional de sapatos mas nunca tive tempo de passar a ideia para o papel de modo a poder transmiti-la. Fico contente por existir e ficarei mais ainda se a moda pegar.
Há uma versão em sabrinas na Skunk do Bairro muito giras!
Há uma versão em sabrinas na Skunk do Bairro muito giras!
terça-feira, 9 de agosto de 2011
Write a bike!
Não é que seja adepta de travões em geral.. mas parece-me que falta aqui qualquer coisa. (Mas está muito gira a ideia)
domingo, 7 de agosto de 2011
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
terça-feira, 2 de agosto de 2011
domingo, 31 de julho de 2011
Vou ficar a ver-te daqui
Encontraram caminho as lágrimas cara abaixo. Os padrões vão-se repetindo mas chega a hora de lhes meter um travão, como a nós próprios. Seguro a tua mão e o ar que quer sair até à exaustão. Recordo-me de mim própria e lembro-me dos discursos viciados que dizia mais para mim que para os ouvintes. Já me tinha esquecido deste lado de tanto me ter habituado a estar desse e não sei como puxar-te para aqui como também nunca ninguém me soube a mim. Espero que pelo menos caminhes de cabeça erguida. Vou ficar daqui a ver-te.
quinta-feira, 28 de julho de 2011
Rate what?
Mas que moda óptima esta de fazer videozinhos ping-pong em defesa de tudo e mais música. É que isto ainda é pior que a cor do soutien no mural do facebook em favor da luta contra o cancro da mama (não sei como é que ainda não falei aqui disto..).
Ora que, para além de não haver pachorra (mas haver tempo para editar estes mimos), reteve-se-me em primeiro plano na memória que alguém defende aqui Portugal pela sua tolerância. Mas já lá vamos, defende-se aqui Portugal por motivos diversos como a beleza, diversidade (hum?), verdadeiros tesouros, verdadeiros off-shores (hum?), os descobrimentos (boring!). Provocam ainda os senhores do vídeo (não sei bem que alvo): vamos avaliar Portugal quanto à resistência, à liberdade e à tolerância? Só faltaram mesmo imagens da nossa geração à rasca a passear em Lisboa.
Com quem nos podemos nós comparar relativamente a resistência e a liberdade?
Mas a da tolerância, a da tolerância dá cabo de mim. Um caloroso beijo entre dois homens ao som das palmas logo após a colocação das alianças. Isto é para quem? Isto é para quê? Foi o povo que decidiu o que quer que seja relativamente ao casamento entre pessoas do mesmo sexo? Quantas casas haverá em Portugal em que, no dia deste grande passo para nós, cidadãos portugueses, o telejornal tenha sido recebido com um sorriso sincero e sem um comentário atrasado mental? Queremos mostrar este vídeo a quem? A nós mesmos para ver se damos conta do que se passa à nossa volta e não devia? Whatever..
Gosto ainda do pormenor de ser um vídeo em bom português, carago!
Let's rate ourselves. And we won't need video edition.
segunda-feira, 18 de julho de 2011
Na fuça deles. E na minha conta bancária.
Cara aluna,
O seu pedido já foi autorizado pela Direcção Financeira, no entanto, encontra-se em falta o seu NIB de conta bancária para procedermos ao seu reembolso.
Caso envie o seu NIB ainda hoje até às 17h30m, será possível efectuar a transacção ainda esta semana, na Quarta-feira, caso não só em data posterior a marcar.
Cumprimentos,
Secção de Tesouraria
Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias
Grupo Lusófona
Campo Grande, 376
1749-024 Lisboa
Tel.: 217515500 (ext. 8532)
www.ulusofona.pt
domingo, 17 de julho de 2011
Adeus com um sorriso
Foi a ele que me agarrei. Assustadíssima, foi a ele que me agarrei.
Estava num ritual diário das minhas férias em Carvalho que era lavar as pernas na fonte antes de ir para casa para jantar. Não é que me incomodasse o pó das pedras da calçada das inúmeras quedas que dava por dia, incomodava-me era a minha avó a refilar que eu não parava sossegada e que quando acabasse o verão eu ia ter as pernas forradas de pensos-rápidos. A verdade é que a aldeia era minha de lés-a-lés e eu fazia o que queria, mesmo toda arranhada. Bem, voltando à fonte, em que eu me empuleirava, e que na altura jorrava uma boa quantidade de água, estava eu distraída a esfregar os tornozelos e os joelhos quando uma senhora se aproximou de mim. Não era uma senhora qualquer, era a Galinha. Nunca percebi porque raio lhe puseram tal alcunha. Então ali ficou ela, a uns escassos quarenta centímetros de mim, mouca com o barulho da água da fonte a correr.
Quando fechei a torneira da fonte e me viro de frente para a velhota toda vestida de negro, a coitada da senhora esboça um gigantesco sorriso que talvez fosse confortante se ela tivesse algum dente. Tive tanto medo, mas tanto medo, que desatei a gritar e a correr o mais que os pulmões e as pernas deixaram. Subi os degraus de casa dois a dois e agarrei-me feita koala à primeira pessoa familiar que vi. Juro que ainda me lembro de sentir o coração a tentar saltar-me pela boca. A abraçar-me e a tentar perceber o que me tinha acontecido, o Serafim, que não vejo há muito tempo, foi o meu porto seguro de tamanho cagaço. O Serafim de quem hoje me despeço com um obrigada por todos os sorrisos e por todos os mimos que tive enquanto criança.
Quanto à Galinha, que felizmente morreu uns anos depois e me deu tréguas a eventuais problemas cardíacos em adulta, o meu avô ainda hoje me goza pela minha admiração a vê-la naquele dia. 'Mas Maria, alguma vez tinhas visto uma galinha com dentes?'
terça-feira, 12 de julho de 2011
Sapinho
Porque não há, decididamente, coincidências e porque ontem foi um dia cheio, tive conhecimento de uma associação que hoje já me fascinou com um excerto que tem na página inicial do blog. Uma associação para pessoas grandes o lado de dentro. Fica aqui o excerto e a ligação.
- Quem és tu? - perguntou o principezinho. - És bem bonita...
- Sou uma raposa - disse a raposa.
- Anda brincar comigo - pediu-lhe o principezinho. – Estou tão triste...
- Não posso ir brincar contigo - disse a raposa. - Ainda ninguém me cativou...
(...)
- O que significa "cativar"?
(...)
- É uma coisa de que toda a gente se esqueceu - disse a raposa. – Significa criar laços.
- Criar laços?
(...) ora vê: por enquanto, para mim, tu não és senão um rapazinho perfeitamente igual a outros cem mil rapazinhos. E eu não preciso de ti. E tu também não precisas de mim. Por enquanto, para ti, eu não sou se não uma raposa igual a outras cem mil raposas. Mas, se tu me cativares, passaremos a precisar um do outro. Passarás a ser único no mundo para mim. (...)
(...) se tu me cativares, será como se o sol iluminasse a minha vida. (...) Estás a ver, ali adiante, aqueles campos de trigo? (...) os teus cabelos são da cor do ouro. Por isso, quando me tiveres cativado, vai ser maravilhoso! Como o trigo é dourado, há-de fazer-me lembrar de ti.
(...)
- Só se conhecem as coisas que se cativam - disse a raposa. - Os homens, agora, já não têm tempo para conhecer nada. (...) Se queres um amigo, cativa-me!
- E o que é que é preciso fazer? - perguntou o principezinho.
- É preciso ter muita paciência.
(...)
O principezinho voltou no dia seguinte.
- Era melhor teres vindo à mesma hora - disse a raposa. Se vieres, por exemplo, às quatro horas, às três, já eu começo a ser feliz. E quanto mais perto for da hora, mais feliz me sentirei. Às quatro em ponto já hei-de estar toda agitada e inquieta: é o preço da felicidade! Mas se chegares a uma hora qualquer, eu nunca saberei a que horas é que hei-de começar a vestir o meu coração...(...)
Foi assim que o principezinho cativou a raposa. (...)
- Anda, vai ver outra vez as rosas. Vais perceber que a tua é única no mundo. (...)
O principezinho foi ver outra vez as rosas.
- Vocês não são nada parecidas com a minha rosa! (...) Ainda ninguém vos cativou e vocês não cativaram ninguém. (...) Claro que, para um transeunte qualquer, a minha rosa é perfeitamente igual a vocês. Mas, sozinha, vale mais do que vocês todas juntas, porque foi ela que eu reguei. Porque ela é a minha rosa.
E então voltou para o pé da raposa e disse:
- Adeus...
- Adeus - disse a raposa. Vou-te contar o meu segredo. (...) O essencial é invisível para os olhos...
(...)
- Foi o tempo que tu perdeste com a tua rosa que tornou a tua rosa tão importante. (...)
O Principezinho - Antoine de Saint-Exupéry
- Quem és tu? - perguntou o principezinho. - És bem bonita...
- Sou uma raposa - disse a raposa.
- Anda brincar comigo - pediu-lhe o principezinho. – Estou tão triste...
- Não posso ir brincar contigo - disse a raposa. - Ainda ninguém me cativou...
(...)
- O que significa "cativar"?
(...)
- É uma coisa de que toda a gente se esqueceu - disse a raposa. – Significa criar laços.
- Criar laços?
(...) ora vê: por enquanto, para mim, tu não és senão um rapazinho perfeitamente igual a outros cem mil rapazinhos. E eu não preciso de ti. E tu também não precisas de mim. Por enquanto, para ti, eu não sou se não uma raposa igual a outras cem mil raposas. Mas, se tu me cativares, passaremos a precisar um do outro. Passarás a ser único no mundo para mim. (...)
(...) se tu me cativares, será como se o sol iluminasse a minha vida. (...) Estás a ver, ali adiante, aqueles campos de trigo? (...) os teus cabelos são da cor do ouro. Por isso, quando me tiveres cativado, vai ser maravilhoso! Como o trigo é dourado, há-de fazer-me lembrar de ti.
(...)
- Só se conhecem as coisas que se cativam - disse a raposa. - Os homens, agora, já não têm tempo para conhecer nada. (...) Se queres um amigo, cativa-me!
- E o que é que é preciso fazer? - perguntou o principezinho.
- É preciso ter muita paciência.
(...)
O principezinho voltou no dia seguinte.
- Era melhor teres vindo à mesma hora - disse a raposa. Se vieres, por exemplo, às quatro horas, às três, já eu começo a ser feliz. E quanto mais perto for da hora, mais feliz me sentirei. Às quatro em ponto já hei-de estar toda agitada e inquieta: é o preço da felicidade! Mas se chegares a uma hora qualquer, eu nunca saberei a que horas é que hei-de começar a vestir o meu coração...(...)
Foi assim que o principezinho cativou a raposa. (...)
- Anda, vai ver outra vez as rosas. Vais perceber que a tua é única no mundo. (...)
O principezinho foi ver outra vez as rosas.
- Vocês não são nada parecidas com a minha rosa! (...) Ainda ninguém vos cativou e vocês não cativaram ninguém. (...) Claro que, para um transeunte qualquer, a minha rosa é perfeitamente igual a vocês. Mas, sozinha, vale mais do que vocês todas juntas, porque foi ela que eu reguei. Porque ela é a minha rosa.
E então voltou para o pé da raposa e disse:
- Adeus...
- Adeus - disse a raposa. Vou-te contar o meu segredo. (...) O essencial é invisível para os olhos...
(...)
- Foi o tempo que tu perdeste com a tua rosa que tornou a tua rosa tão importante. (...)
O Principezinho - Antoine de Saint-Exupéry
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Dá-me música!
Que maravilha!
Descobri com uma barulheira desgraçada que em vez do croissant e do suminho, ao almoço, o IPO dá uma senha de almoço no refeitório (com prioridade na fila e tudo por causa dos fanicos) e que se estende, se for o caso, aos acompanhantes dos dadores. A barulheira vinha dos gabinetes da entrada e percebia-se alguma musicalidade, e de repente, entrou-nos a música pela sala. Uma viola e um violino, acompanhados por um carro de compras, daqueles com rodas, cheios de instrumentos dos quais desconheço o nome mas que foram distribuídos por nós e pelos médicos e técnicos presentes. Éramos mais de dez ali enfiados numa sala cheia de macas e de sanguinhos em tubos e sacos a rodar e a balançar. Que maravilha.
Não é que eu não seja super forte e me faça uma impressão danada olhar para o que quer que seja naquela saleta (o que faz com que passe os quinze minutos a olhar para o tecto, como se tivesse um colar cervical), mas hoje foi especialmente bom estar naquele sítio, naquele momento.
Descobri com uma barulheira desgraçada que em vez do croissant e do suminho, ao almoço, o IPO dá uma senha de almoço no refeitório (com prioridade na fila e tudo por causa dos fanicos) e que se estende, se for o caso, aos acompanhantes dos dadores. A barulheira vinha dos gabinetes da entrada e percebia-se alguma musicalidade, e de repente, entrou-nos a música pela sala. Uma viola e um violino, acompanhados por um carro de compras, daqueles com rodas, cheios de instrumentos dos quais desconheço o nome mas que foram distribuídos por nós e pelos médicos e técnicos presentes. Éramos mais de dez ali enfiados numa sala cheia de macas e de sanguinhos em tubos e sacos a rodar e a balançar. Que maravilha.
Não é que eu não seja super forte e me faça uma impressão danada olhar para o que quer que seja naquela saleta (o que faz com que passe os quinze minutos a olhar para o tecto, como se tivesse um colar cervical), mas hoje foi especialmente bom estar naquele sítio, naquele momento.
sexta-feira, 8 de julho de 2011
Segurança Social ou outra coisa qualquer
Desta vez nem o Priberam me safa..
Segurança
(segurar + -ança)
s. f.
1. Acto ou efeito de segurar.
2. Qualidade do que é ou está seguro. ≠ INSEGURANÇA
3. Conjunto das acções e dos recursos utilizados para proteger algo ou alguém.
4. O que serve para diminuir os riscos ou os perigos. = GARANTIA
5. Aquilo que serve de base ou que dá estabilidade ou apoio. = AMPARO, ESTEIO
6. Sentimento de força interior ou de crença em si mesmo. = CERTEZA, CONFIANÇA, FIRMEZA ≠ INSEGURANÇA
7. Afoiteza, ousadia.
8. Força ou convicção nos movimentos ou nas acções .
9. Certeza demonstrada. = EVIDÊNCIA
10. Caução.
s. 2 g.
11. Pessoa cuja actividade profissional consiste em proteger pessoas, instalações ou bens, ou em controlar o acesso de pessoas a determinado local.
segurança social: sistema público de protecção dos cidadãos, segundo a legislação produzidas, os direitos, os deveres e as contribuições efectuadas , nomeadamente em caso de doença, desemprego, reforma, etc.
Social
(latim socialis, -e)
adj. 2 g.
1. Que diz respeito à sociedade.
2. Que tem tendência para viver em sociedade. = SOCIÁVEL ≠ INSOCIAL
3. Que diz respeito a uma sociedade comercial.
quarta-feira, 6 de julho de 2011
sexta-feira, 1 de julho de 2011
Valbom
Era uma festa ter que ir buscar frangos à Cotovia de bicicleta. Nem sempre tínhamos permissão para sair do parque de bicicleta, ou melhor, só tínhamos permissão para sair no caso de ser para ir buscar o jantar. Os pais portugueses têm destas incongruências!
O primeiro troço era chato, ligeiramente a subir e com brita que saltava e volta e meia nos batia nas pernas com uma força considerável. O segundo estava acabadinho de alcatroar e ainda cheirava a novo, um verdadeiro mimo.
Lá metemos os pés nas nossas adoradas amigas de verão e seguimos rumo à churrasqueira com o vento fresco do fim da tarde a acalmar-nos a pele dos três meses de sol, sal e cloro da bela vida que a idade e bom comportamento nos permitiam. Comprámos dois frangos e batatas fritas que o Joca, alcunha que foi perdendo com o tempo para um estrangeirismo (mas para mim será sempre o Joca), colocou num saco plástico e pendurou no extremo direito do seu guiador. E já me estou a rir com a porcaria da história. Nunca consegui contar isto sem ter que parar para me rir.
Tudo a postos para o regresso, ligeiramente a descer. A técnica era aproveitar o alcatrão novo para acelerar o mais que pudéssemos para depois descansar até à meta enquanto a brita nos embalava e fazia rir com um som tremido que conseguíamos emitir devido à nossa própria trepidação. Não consigo descrever melhor este som sem ser ao vivo.
Meio caminho volvido, na gáspea máxima que as nossas pequenas pernas conseguiam imprimir às bicicletas e já muito perto do alcatrão, o Joca ganha uns escassos metros de avanço e, ao transitar do alcatrão para a brita nota que se formou um desnível, talvez causado pela passagem constante dos carros, que quase o faz perder o controlo do seu velocípede. Poucos milésimos de segundo depois, sem tempo de qualquer travagem apercebo-me do socalco, enteso os braços e cerro os dentes com a toda a minha força preparando-me para o monumental tralho que se avizinhava.
A minha bina assim que sentiu o desnível resolveu levantar voo e aterrou precisamente quando o extremo esquerdo do guiador se foi enfiar na alça do saco dos defuntos galináceos que repousavam no extremo direito do guiador do Joca. Em pouco tempo ocupámos ambas as faixas de rodagem. Eu, o Joca, as bicicletas, o saco, os frangos e as batatas, que notavelmente se mantiveram no pacote.
Escusado será dizer que se o sucedido fosse descoberto pelas entidades paternas nunca mais iríamos buscar jantar a lado nenhum sem ser a pé portanto, depois de conseguirmos parar de rir, levantámos os frangos, levantámo-nos a nós, enfiamos tudo no que restava do saco e lá fomos devagarinho até ao parque de campismo. Entrámos como se o branco do pó da brita e o vermelho do sangue escarrapachado nos joelhos e nos cotovelos fossem parte de nós e seguimos direitinhos aos balneários mais longe de minha casa (porque era na minha casa que estavam as entidades paternas à espera do pitéu) lavar toda aquela poeira dos joelhos, dos cotovelos e dos frangos, para que ninguém desse por nada. E não deu.
Até hoje (e com isto talvez não passe de hoje) nenhum deles deu conta de nada. E ao pé do que me ardiam os joelhos sem poder exprimir um 'aizinho', o sabor do frango rastejante estava uma delícia. Nunca me hei-de esquecer destes frangos que me causaram o mais extraordinário tralho da minha vida.
O primeiro troço era chato, ligeiramente a subir e com brita que saltava e volta e meia nos batia nas pernas com uma força considerável. O segundo estava acabadinho de alcatroar e ainda cheirava a novo, um verdadeiro mimo.
Lá metemos os pés nas nossas adoradas amigas de verão e seguimos rumo à churrasqueira com o vento fresco do fim da tarde a acalmar-nos a pele dos três meses de sol, sal e cloro da bela vida que a idade e bom comportamento nos permitiam. Comprámos dois frangos e batatas fritas que o Joca, alcunha que foi perdendo com o tempo para um estrangeirismo (mas para mim será sempre o Joca), colocou num saco plástico e pendurou no extremo direito do seu guiador. E já me estou a rir com a porcaria da história. Nunca consegui contar isto sem ter que parar para me rir.
Tudo a postos para o regresso, ligeiramente a descer. A técnica era aproveitar o alcatrão novo para acelerar o mais que pudéssemos para depois descansar até à meta enquanto a brita nos embalava e fazia rir com um som tremido que conseguíamos emitir devido à nossa própria trepidação. Não consigo descrever melhor este som sem ser ao vivo.
Meio caminho volvido, na gáspea máxima que as nossas pequenas pernas conseguiam imprimir às bicicletas e já muito perto do alcatrão, o Joca ganha uns escassos metros de avanço e, ao transitar do alcatrão para a brita nota que se formou um desnível, talvez causado pela passagem constante dos carros, que quase o faz perder o controlo do seu velocípede. Poucos milésimos de segundo depois, sem tempo de qualquer travagem apercebo-me do socalco, enteso os braços e cerro os dentes com a toda a minha força preparando-me para o monumental tralho que se avizinhava.
A minha bina assim que sentiu o desnível resolveu levantar voo e aterrou precisamente quando o extremo esquerdo do guiador se foi enfiar na alça do saco dos defuntos galináceos que repousavam no extremo direito do guiador do Joca. Em pouco tempo ocupámos ambas as faixas de rodagem. Eu, o Joca, as bicicletas, o saco, os frangos e as batatas, que notavelmente se mantiveram no pacote.
Escusado será dizer que se o sucedido fosse descoberto pelas entidades paternas nunca mais iríamos buscar jantar a lado nenhum sem ser a pé portanto, depois de conseguirmos parar de rir, levantámos os frangos, levantámo-nos a nós, enfiamos tudo no que restava do saco e lá fomos devagarinho até ao parque de campismo. Entrámos como se o branco do pó da brita e o vermelho do sangue escarrapachado nos joelhos e nos cotovelos fossem parte de nós e seguimos direitinhos aos balneários mais longe de minha casa (porque era na minha casa que estavam as entidades paternas à espera do pitéu) lavar toda aquela poeira dos joelhos, dos cotovelos e dos frangos, para que ninguém desse por nada. E não deu.
Até hoje (e com isto talvez não passe de hoje) nenhum deles deu conta de nada. E ao pé do que me ardiam os joelhos sem poder exprimir um 'aizinho', o sabor do frango rastejante estava uma delícia. Nunca me hei-de esquecer destes frangos que me causaram o mais extraordinário tralho da minha vida.
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